Ao longo da sua carreira o músico cabo-verdiano tem estado frequentemente no Brasil onde inclusive gravou com Milton Nascimento, Gilberto Gil e Paulinho da Viola. Desta vez regressa com o show “África, uma viagem musical”, considerado um dos melhores de 2016 pelo jornal brasileiro “O Globo”.
Primeiro estará no Rio de Janeiro, onde actua amanhã, 20, no “Blue Note” acompanhado pelo saxofonista Leo Gandelman e das vozes de artistas como Natasha Llerena, Aline Paes e Daúde.
O espaço é uma espécie de filial do emblemático club americano Blue Note, em New York, por onde passaram gigantes do jazz como Herbie Hancock, B.B. King, Miles Davis ou Chick Corea. O Blue Note do Rio de Janeiro é também referência entre os amantes de jazz e da música do mundo, recebendo frequentemente actuações de renomados artistas brasileiros e internacionais.
Em São Paulo, o palco será no espaço CCMI / Jazz Nos Fundos onde, na quinta-feira (22) Mário Lúcio irá contar com a participação especial do rapper Emicida. Este esteve já por duas vezes em Cabo Verde onde fez pesquisas e trabalhou com batucadeiras da ilha de Santiago e participou da Atlantic Music Expo.
Sobre o espectáculo “África, uma viagem musical”, é apresentado pelos promotores como “um concerto singular e original” onde Mário Lúcio “canta e conta como os sons de África viajaram pelo Mundo e entraram nas músicas de todos os continentes e chegaram ao jazz e às novas sonoridades actuais”.
Cantor, compositor e instrumentista, Mário Lúcio tem até aqui 9 álbuns gravados, cinco discos a solo, sendo o mais recente “Funanight” (2017) em que faz uma viagem pela origem e evolução do funaná, género musical típico da ilha de Santiago, onde nasceu.
Neste e em outros géneros tradicionais de Cabo Verde, como a morna ou o batuco, compôs temas interpretados por artistas como Cesária Évora, Teté Alhinho, Lura, Princezito e Mayra Andrade.
Mário Lúcio é um dos nomes já anunciados para a edição deste ano do Kriol Jazz Festival onde irá actuar no dia 20 de Abril.