Dino D’Santiago apresenta um “Mundo Nobu” em Loulé

Dino D’Santiago
Dino D’Santiago

​Duas semanas depois de apresentar o novo trabalho em Lisboa, Dino D’Santiago sobe novamente ao palco. “Mundo Nobu” é apresentado este sábado, 9 de Junho, às 21h30, no Cineteatro Louletano, em Loulé, Portugal.

A forma como o cantor e as suas novas músicas foram recebidos na apresentação que fez em Lisboa levam-no a acreditar que o espectáculo de Loulé será especial.

«Quando estava a receber aquele amor todo em Lisboa, só imaginava como iria ser na minha terra… Consigo imaginar como as pessoas vão reagir e com que temas». Mas o músico sente que jogar em casa tem dois lados: «o lado da responsabilidade, por ser a nossa casa e pelo facto de as pessoas quererem saber o que aprendeste no tempo todo que estiveste fora. Por outro lado, sabes que, mesmo que caias no palco, os olhares vão ser de amor e isso dá-me segurança», confidencia o músico ao Musicália-Sul Informação.

“Nova Lisboa” e “Nos Funaná” são os únicos dois temas conhecidos do novo trabalho, mas são apenas uma amostra do que pode ser visto ao vivo em Loulé e ouvido em “Mundo Nobu”, quando for lançado depois do Verão. «Tenho tanta coisa boa a nível musical. Sente-se o tempero do jazz, da soul music, ritmos brilhantes e com muita verdade», revela Dino, que promete que «o que está para vir é tão ou ainda mais saboroso!» do que aquilo que já foi conhecido.

Quem for a Loulé, no sábado, vai ter a possibilidade de conhecer mais sete temas ainda não revelados, mas já apresentados (e testados) nos concertos em Santiago e Lisboa, onde a reacção do público permitiu ao músico perceber qual poderá ser o terceiro tema a lançar. «Loulé vai ser determinante para saber qual poderá ser o terceiro rosto desta viagem, deste Mundo Nobu», adianta.

Em palco, a actuação vai ser diferente do que tem acontecido. Habituado a mostrar-se com uma grande banda (13 pessoas, em Expensive Soul, ou 10, nos Nu Soul Family), em nome próprio já experimentou diferentes formatos e agora assume uma nova narrativa, quase um monólogo.

«De mim para mim e depois passar para as outras pessoas. Vou ser eu e o Paul Seiji, mas vou ter também o meu irmão em palco. O espectáculo vai viver muito da parte visual, da mensagem e das palavras trocadas com as pessoas e, claro, a força do beat», revela Dino.

A preparação de “Mundo Nobu” levou quase três anos e reuniu, para além do músico, o produtor inglês Paul Seiji, o nova iorquino Rusty Santos e o luso-angolano Kalaf Epalanga, um dos mentores de Buraka Som Sistema.

Os quatro fizeram uma viagem exploratória à ilha de Santiago, onde foram beber às raízes do funaná lento. «Sinto que a viagem fez toda a diferença no processo. Foi necessário e nobre da parte deles irem sentir a raiz e as pessoas do movimento que estavam a abraçar. Percebemos que tinha de haver uma mudança radical na sonoridade, mas não podíamos mudar a génese, que é a mensagem e a essência rítmica e essa não se alterou. Criou-se um novo movimento», confessa.

O músico revela que gostaria de ouvir, daqui a uns tempos, que houve quem quisesse seguir a linha de Dino D’Santiago, pegando em mais ritmos de Cabo Verde e dando-lhes uma roupagem dos nossos tempos.

As reacções positivas das pessoas aos novos temas surpreenderam o músico, que tem recebido mensagens e partilhas da Argentina, Brasil e de vários países da Europa.

Dino D’Santiago esperava que a sua música chegasse a muitas pessoas e sente que, agora, finalmente, se quebrou uma barreira, conseguindo alargar a base de ouvintes para além dos amantes da música de raiz africana, que «é apenas um quarto do que é Dino. Quando finalmente fundi isso com a música mais urbana, que eu exploro e faz parte do meu crescimento, senti a reação das pessoas. Quando és verdadeiro na essência e descobres o teu som, chegas a mais pessoas e elas entendem a mensagem».

Dino d’Santiago nasceu em Quarteira, filho de pais cabo-verdianos, e começou a dar nas vistas em 2003, num concurso de talentos da TV (Operação Triunfo). Depois envolveu-se na música urbana globalizada, fazendo parte de várias aventuras com soul, R&B ou hip-hop lá dentro (Dino & The SoulMotion, Expensive Soul ou Nu Soul Family).

O espectáculo tem a duração de 75 minutos e um custo de 12 euros ou 10 euros para maiores de 65 e menores de 30 anos (Cartão de Amigo aplicável). O concerto é gratuito para jovens que tenham nascido no ano 2000 (tendo já 18 anos ou vindo a tê-los no decorrer de 2018).

Nôs Funaná é uma homenagem ao ritmo que o músico mais aprecia e mais ouviu na sua infância. É baseado num Funaná mais antigo, mais lento, que transformou com um toque electrónico de Paul Seiji (Londres) e Rusty Santos (Nova Iorque), que juntamente com Kalaf (Buraka Som Sistema) levou a Cabo Verde para que absorvessem as raízes da música africana.

Este artigo é publicado em parceria com o Sul Informação.

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Autoria:Pedro Miguel Duarte, Sul Informação,9 jun 2018 12:41

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  10 jun 2018 9:49

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