O prémio de Marlene Monteiro Freitas será entregue na próxima quinta-feira, dia 28, altura em que vai apresentar, na cidade italiana, o espectáculo “Bacantes – Prelúdio para uma purga”, estreado em Abril do ano passado, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
A atribuição do Leão de Ouro a Meg Stuart, de acordo com a Bienal, é justificada pela abordagem “incisiva e contundente” das suas obras, com as quais desenvolveu “uma nova linguagem e um novo método”, assente na improvisação, procurando sempre explorar “novos contextos e novos territórios”.
Sobre Marlene Monteiro Freitas, nascida em 1979, em São Vicente, destaca a Bienal de Veneza a “presença eletrizante e o poder dionisíaco” das suas produções”.
A bailarina e coreógrafa cofundou em Lisboa a estrutura cultural P.O.R.K, com a qual assinou coreografias como “Paraíso-coleção privada (2012-13) e “marfim e carne — as estátuas também sofrem” (2014), entre outras obras.
Os seus trabalhos, que combinam por vezes o drama e a comédia, têm sido elogiados pela crítica internacional, pela expressividade e pela criatividade.
Hoje, na abertura da Bienal de Veneza, é apresentada a coreografia “Built to last” (“Contruído para durar”, em tradução livre), uma das criações recentes de Meg Stuart e da sua companhia, Damage Goods, que também já apresentou em Lisboa, no Teatro Maria Matos.
O espetáculo desenrola-se sobre uma “dramaturgia musical” concebida por Alain Franco, sobre peças de Sergei Rachmaninov, Beethoven, Iannis Xenakis e Arnold Schoenberg.