Claro! Concordei de imediato pois não poderia ser sobre mais nada! A transversal Aretha, que cortava gerações…e há-de continuar a fazê-lo com a sua alma-voz
Sofreu com os mais variados problemas que passaram pela saúde causados pela profissão, relações amorosas menos felizes, uma gravidez precoce e problemática…e mais uma série de acontecimentos não desejáveis – coisas que poderiam transformar-se em obstáculos à sua carreira…mas Aretha não aceitou nada isso. Na verdade, uma rainha não cai com facilidade. E foi o que Aretha fez. Era uma rainha. A Rainha do Soul, que conquistou várias gerações. Eram essas as suas maiores virtudes: lutadora, pois falamos de uma rainha e transversal a gerações e falamos de uma voz e de um Soul-attitude, como poucas.
Grava o seu primeiro disco aos 14 anos, quando ainda cantava em coros na igreja.
Respect – foi o ponto máximo de Aretha, o grito que a mostrou ao mundo e… que serviu de hino para mostrar ao mundo os mais variados temas desde a desigualdade social às questões raciais.
Dos “Mídea” teve os famosos “prémios”; guarda títulos vários, 18 Grammys e a nomeação de melhor voz feminina de sempre pela conceituada revista Rolling Stone.
Dos fãs teve toda uma vasta massa de seguidores, que sempre a tiveram como a Rainha do Soul, a Rainha de cada uma das suas almas.
De mim guarda uma admiração profunda, e o mérito de me ter mostrado uma das mais fortes e arrepiantes vozes do Soul, a que aliados à sua presença em palco e aos pormenores da sua vida que vou lendo, tonaram-na a “minha” Lady-Soul.
Para ouvir, toda a discografia. Terei eu que escolher uma? Fica o incontornável Lady Soul – enorme, a voz de Aretha no seu esplendor. Contudo, tem de ser obrigatoriamente sublinhado o tema Repect do seu álbum Never Loved a Man the Way I Love You, não deixando de parte que o tema é de outro nome marcante do Soul – Otis Redding.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 873 de 22 de Agosto de 2018.