Segundo uma nota do Instituto Camões, o júri decidiu por unanimidade seleccionar a proposta de trabalho de Djamilson Pereira, considerando que, no universo das candidaturas admitidas, "é a que melhor se enquadra na lógica do presente programa de Residência Artística".
Criado ao abrigo do protocolo de cooperação celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, este programa destina-se a coreógrafos e bailarinos de nacionalidade cabo-verdiana em início de carreira.
Os elementos do júri valorizaram "o impacto e benefícios expectáveis que novos encontros e experiências proporcionados pela residência poderão reflectir, de forma determinante, na actividade artística do candidato vencedor, bem como, a exequibilidade do projecto criativo e o seu interesse artístico, em função do currículo e do tempo do programa".
Djamilson Pereira, nascido em 1978, é bailarino, mas também professor de dança, desenhador retratista e actor.
Segundo o Instituto Camões, o bailarino tem várias formações de dança em Cabo Verde e na Escola Superior de Dança de Lisboa (Portugal).
Bailarino da Companhia de Dança "Raiz di Polón" desde 2004, tem participado em vários espectáculos da companhia. Participou, como actor e bailarino, na peça "Profecia di Kriolo", do Grupo de teatro "Fladu Fla", apresentada na Praia e no Mindelo em 2007.
Integrou ainda, como bailarino, a ópera "Criolo", do coreógrafo António Tavares, apresentada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em 2009.
É desenhador retratista com exposição apresentada no Palácio da Cultura em 2003. Participou, como bailarino, na estreia do filme documentário "Imigranti", do realizador Guenny Pires, em Boston, Estados Unidos, e como actor no filme documentário "Kontinuasom" e no vídeo instalação "Utopia" de César Schofield.