Tarrafal recebe este sábado a performance circense do acrobata catalão Yldor Llach, artista da companhia francesa de circo aéreo acrobático «Les P’tits Brás», que apresenta um original espectáculo de bicicleta acrobática.
Outro ponto alto do programa será a inauguração dos Centrum Sete Sóis Sete Luas de São Filipe (fogo) e Brava, dias 29 e 30 respectivamente, em cerimónia com a presença do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que é também presidente honorário do Festival SSSL.
A animar a festa vão estar os grupos musicais Korrontzi (Espanha), Tammorra (Itália) e as bandas residentes, a Orquestra Popular Sete Sóis, do Fogo, e a Brava 7Luas Band. Os Korrontzi vêm do País Basco onde são uma das bandas mais conhecidas, sendo a sua música uma homenagem à cultura popular basca. Já os Tammorra, são uma banda siciliana formada em 1992, que dedica-se a reinterpretar os ritmos, as melodias e as danças da Sicília e das diferentes culturas mediterrânicas.
Em Ribeira Grande (Santo Antão), por onde começou o SSSL em Cabo Verde, a celebração das suas décadas far-se-á com uma exposição de documentos e fotos sob o titulo “Sete Sóis Sete Luas: 20 anos de diálogo intercultural”. A mostra será inaugurada a 3 de Novembro e paralelamente realiza-se um simpósio “com a presença dos protagonistas dos sucessos do Festival durante estes 20 anos”, informa nota da organização.
Outros momentos no calendário comemorativo incluem exposições, residências artísticas, música e gastronomia nos 5 centros em Maio, Tarrafal, São Filipe, Brava e Ribeira Grande.
Em Fogo, Tarrafal e Maio estará presente o chef Victor Basset de Valência (Espanha) para partilhar os sabores da culinária espanhola e mediterrânea. Nestes mesmos locais o músico português Luis Peixoto dirige uma masterclass para as bandas Sete Sóis locais.
“Pela primeira vez na programação do Festival irá ser incluído um ciclo de filmes europeus e dos PALOP em parceria com a Delegação da União Europeia em Cabo Verde”, dizem os organizadores da iniciativa que ressaltam o apoio das Câmaras Municipais dos concelhos que acolhem centros SSSL e também da União Europeia e Cooperação Luxemburguesa.
Foi em 1998, em Ribeira Grande de Santo, que se deu início à presença e actividades da associação Sete Sóis Sete Luas em Cabo Verde, com a realização da primeira edição do Festival musical. O propósito era então, como agora, promover a criação, produção e gestão de bens e serviços culturais em Cabo Verde. E isso numa lógica de descentralização das acções culturais e estímulo à formação com vista à “profissionalização dos actores culturais, nomeadamente na área da música popular e da arte contemporânea”.
As celebrações dos 20 anos do Festival Sete Sóis Sete Luas em Cabo Verde acontecem no âmbito do projecto “A diversidade cultural cabo-verdiana como instrumento de desenvolvimento do turismo sustentável nas ilhas mais periféricas”.