Segundo Zequinha Magra, este trabalho é a estratificação da música cabo-verdiana. “É estratificação, porque tenho um compromisso com a música tradicional e folclórica de Cabo Verde. Assim, nos meus trabalhos tento retratar autenticamente os solos da música tradicional”.
Com dois discos no mercado, o 1.º CD, “Impresson”, e o 2.º, “Téra”, este último que dedica a Bulimundo e Finaçon. Zequinha Magra diz que este novo trabalho vai sair graças ao apoio dos familiares.
“Agradeço muito à minha irmã Any. É graças a ela que estou a conseguir levar avante o meu trabalho, que sai ainda este mês”, avança.
Zequinha Magra conta que “Fora Maré” foi gravado há algum tempo mas não saiu porque não tinha produtor e só agora conseguiu fazer a sua produção nos Estados Unidos da América.
Nesse disco, avançou, fez um grande trabalho de estratificação dos solos cabo-verdianos e tem com composições inéditas da sua autoria. “Lutei muito para ter uma certa performance a nível musical, nesse disco”.
“Este é um trabalho que visa preservar a música tradicional. Lutei muito para executar a coladeira, o funaná de uma forma autêntica, de uma forma que possa ser ouvida”, explica.
O guitarrista informa que o disco será lançado nos Estados Unidos da América e em Cabo Verde. “Se o CD tiver sucesso penso que vai surgir um produtor que acredita em mim e possa fazer um próximo trabalho”.
Conforme disse, depois da chegada do disco, pretende fazer concerto de lançamento no Quintal da Música, na Cidade da Praia.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 945 de 08 de Janeiro de 2020.