A Academia Portuguesa de Cinema anunciou esta segunda-feira, em comunicado, “os quatro filmes nomeados para a votação do candidato de Portugal à categoria de Melhor Filme Internacional na 93.ª edição dos Óscares”, em Abril de 2021, escolhidos “entre as 33 longas-metragens elegíveis”.
Os quatro nomeados foram escolhidos por um “comité de pré-seleção”, composto pelo realizador e produtor Gonçalo Galvão Teles, a actriz Isabel Abreu, o realizador Lauro António, o diretor de fotografia Miguel Sales Lopes, a realizadora Monique Rutler e o actor e realizador Welket Bungué.
O processo de escolha do candidato português “passará agora por um período de votação entre os membros da Academia Portuguesa de Cinema, que decorre de 02 a 15 de Novembro, até à revelação do filme selecionado, que será anunciado a 16 de Novembro”.
A 93.ª edição dos Óscares está marcada para 25 de Abril de 2021, em Los Angeles, nos Estados Unidos da América.
“Vitalina Varela”, de Pedro Costa, estreou-se em 2019, no Festival de Locarno, na Suíça, onde recebeu o prémio máximo, o Leopardo de Ouro, assim como a protagonista, Vitalina Varela, que foi premiada como melhor actriz.
Desde então o filme já foi exibido em mais de 50 festivais de cinema, cinematecas e ciclos dedicados a Pedro Costa, tendo sido premiado na maioria dos certames, como o Festival de Cinema de São Francisco, nos Estados Unidos, em Abril, que deu ao realizador o prémio “Persistence of Vision”.
O filme, com produção da OPTEC, conta a história de uma mulher que viveu grande parte da vida à espera de ir ter com o marido, Joaquim, emigrado em Portugal. Sabendo que ele morreu, Vitalina Varela chegou ao país três dias depois do funeral.
“Listen”, com produção da Bando à Parte, é a primeira longa-metragem de ficção de Ana Rocha de Sousa, um drama familiar inspirado em factos reais, sobre uma família de emigrantes portugueses em Londres, a quem é retirada a guarda dos filhos, por suspeitas de maus-tratos.
O filme, que venceu seis prémios, dois dos quais relevantes, no Festival de Veneza – o Leão do Futuro, para uma primeira obra, e o prémio especial do júri da competição “Horizontes” -, estreou-se nas salas portuguesas em 21 de Outubro.
“Mosquito”, de João Nuno Pinto, é uma produção da Leopardo Filmes, em coprodução com a Alfama Films Production (França), APM Produções (Portugal), Delicatessen Films (Brasil) e Mapiko Filmes (Moçambique), que teve estreia mundial em Janeiro, no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, nos Países Baixos, e chegou às salas portuguesas no início de Março, pouco antes do encerramento e da declaração do estado de emergência, por causa da covid-19.
Candidato de Portugal à categoria de Melhor Filme Ibero-Americano à 35.ª edição dos Prémios Goya, em Fevereiro de 2021, os óscares de Espanha, “Mosquito” conta a história de Zacarias, “um jovem português sedento por viver aventuras heroicas durante a Primeira Guerra Mundial”.
“Patrick”, a primeira longa-metragem do ator e realizador Gonçalo Waddington, é uma ficção sobre identidade e individualidade, que tem como pano de fundo um caso de rapto e pedofilia.
O filme, com produção de O Som e a Fúria, que se estreou em Junho nas salas portuguesas, é sobre um jovem adulto em Paris, de quem se descobre a verdadeira identidade; Patrick é Mário, um português que tinha sido raptado e separado da família, em Portugal, aos 12 anos.