Abraão Vicente explicou, no entanto, que o Estatuto do Artista em Cabo Verde implica um forte envolvimento das Finanças e outras instituições, mas, sobretudo, a formalização da profissão.
Na mesma linha avançou que o processo está a ser trabalhado e já há um primeiro draft do documento e que a sua materialização implica um forte envolvimento das Finanças, da Inspecção Geral das Actividades Económicas, da Direcção Geral do Trabalho e outras instituições, mas, sobretudo, da vontade dos artistas e dos criadores de formalizarem o facto de serem artistas.
“Ou seja, temos de criar uma nova pedagogia para que o sector da cultura se assuma de uma forma séria e só há uma maneira de fazer, pois, os artistas e os criadores terão de assumir as profissões como formalizadas”, afiançou.
Conforme disse esta é uma das propostas da Sociedade Cabo-verdiana de Música (SCM), endereçada ao Governo para fazer face a essa crise causada pela COVID-19.
Para Abraão Vicente, o Estatuto do Artista, não só dá regalias e direitos aos artistas, mas também impõe deveres, nomeadamente, o da contribuição para a segurança social e o desconto para os impostos.
É em situações como esta que, de acordo com o governante, se alguém contribui para os impostos irá facilitar a tutela a negociar os pacotes de financiamento a serem atribuídos.