Este EP já está disponível nas plataformas digitais, bem com o seu videoclip “Dodu Dodu” gravado em dueto com Ferro Gaita.
Segundo o artista, “Sem sentido”, nasceu de um momento que considera ser “o pior vivido até agora”, pois conforme avança, há três anos, perdeu sua esposa, companheira de vida e palcos e que foi através da música que conseguiu expressar seus sentimentos e encontrar forças para recomeçar.
‘Sem Sentido’ compus na pior fase da minha vida até agora, que foi quando perdi a minha esposa que estava grávida. Foi um choque grande, a minha vida perdeu sentido totalmente, então, foi na música que encontrei refúgio, foi na música que consegui expressar tudo o que me vai na alma, foi na música que encontrei forças para poder continuar” declarou, realçando que este EP é uma homenagem que faz a sua esposa e que o mesmo contém algumas músicas que gravaram juntos.
O EP tem oito faixas musicais, "Mamai" e "Lógica da Paixão" que são duas músicas que gravou com a sua falecida mulher, "Boca Mundo", "Dodu Dodu" e depois tem as musicas que foram compostas após o seu falecimento que são “Sem sentido”, “Nha Melodia”, “Eterno Amor” e “Baby bye bye.
“Escrevi quatro temas depois do seu falecimento como forma de, não só, expressar o que sinto, mas também para render-lhe uma homenagem. Este meu primeiro EP, é fruto do que sinto, o meu mundo, a minha verdade, foi feito com muito amor, tem uma mistura de sentimentos. Infelizmente não foi desta forma que imaginei, as coisas não saíram como sonhei e tive que reinventar e refazer os meus planos”, afirma.
“Não diria que estou realizado no mundo da música porque tudo mudou depois da morte de Soraia, mas penso que com este EP que tem géneros diferenciados como tabanca, morna, funaná e uma mistura de funaná e sertanejo, estou a dar o meu contributo na promoção da nossa cultura e a deixar o meu legado”, salienta.
Quanto ao lançamento do videoclip com Ferro Gaita “Dodu Dodu”, asseverou que está muito feliz pela parceria porque Ferro Gaita é um grupo musical que muito admira, ressalvando que acredita que este trabalho poderá abrir-lhe outras portas futuramente.
“A parceria surgiu através de David, que faz parte da banda, ele então fez-me uma proposta para escrever uma música para gravar com os Ferro Gaita, passado uma semana já tinha escrito a música. Estou a gostar desta experiência porque o funaná é um género que ainda não tinha aventurado, mas o trabalho final ficou bom e espero que este trabalho tenha uma nota positiva dos fãs”, afirmou.
Manú Reis contou que a sua paixão pela música surgiu na adolescência quando teve o primeiro contacto com a guitarra que o irmão trouxe de uma das viagens que fez ao exterior.
Hoje assume-se como um agente cultural, apaixonado pela música, que compõe letras e interpreta canções com narrativas que acredita que agradam às pessoas e é com esta certeza que afirma, em declarações à Inforpress, que quer continuar a cantar e encantar os seus fãs.
O artista já fez várias composições de sucesso como “Tchika” (Chica) e “É zombam” que já foram interpretadas pela artista Elida Almeida.
Questionado sobre os próximos passos e planos futuros, Manú Reis adiantou que fará uma pequena pausa para avaliar o impacto do EP, como é que as pessoas irão reagir e depois disso começar a trabalhar para o lançamento do seu primeiro álbum.