Abraão Vicente fez essa afirmação no acto da abertura de uma acção de formação, na área de Gestão e Organização de Bibliotecas realizada pela Biblioteca Nacional, de hoje até, 12 a 14 deste mês.
Segundo o governante, Cabo Verde precisa de um pensamento profundo e de gente que vai contra a corrente, que tem um pensamento crítico, "é assim que alteramos o rumo da nossa sociedade e faremos com que de facto as lacunas que temos hoje com a democracia e como Estado possam ser ultrapassadas".
Por outro lado, disse que espera que para além do conhecimento essa formação seja prazerosa e que os formandos levam as suas comunidades um bem acrescido.
"Esta formação permitirá às câmaras municipais, às localidades, às bibliotecas municipais e às comunidades terem acessos aos instrumentos de gestão, planificação e de promoção da leitura, do livro e da literatura, com este instrumento pensamos em capacitar as entidades locais para promover a leitura de uma melhor forma", cita.
Abraão Vicente afirmou que deve haver algum entusiasmo quanto ao sector do livro, porque é preciso criar alternativas que são clássicas, "o livro continua a ser um objecto clássico e moderno, contemporâneo e futurístico, porque é no livro que depositamos todo o saber fazer. As famílias devem colocar as bibliotecas, os espaços de leitura e de literatura como espaços centrais da educação fora do contexto escolar”.
Para a presidente do Conselho Directivo da Biblioteca Nacional, Matilde Santos, o propósito dessa formação é reforçar a aproximação da Biblioteca Nacional de uma forma em geral e de um modo muito particular as câmara municipais e as escolas. "Por isso, estamos abertos para apoiar na organização e na planificação das actividades que as Bibliotecas Municipais e escolares têm em curso nos seus espaços".