Em Santa Catarina, a produtora Batuku Nôs Alma, não obstante a situação pandémica, não vai deixar que a data “passe despercebida”, agendado por isso uma palestra e actuação de alguns grupos de batuque da cidade de Assomada e ilha do Maio, que terá como palco o auditório das Aldeias SOS de Assomada, às 15h00.
Já no Tarrafal, câmara, em parceria com a Associação “Delta Cultura”, realiza a 1ª edição do Festival de Batuque e Finason sob o lema “Batuco nós Tradison (batuque, nossa tradição, em português) ”, com a finalidade de fomentar a solidariedade e a união entre os grupos culturais desses dois géneros musicais de Cabo Verde.
O evento, que vai reunir outros grupos da ilha de Santiago e que vai decorrer no centro da cidade do Tarrafal, de acordo com uma nota da Câmara Municipal do Tarrafal, visa ainda homenagear a “rainha de batuque” Bibinha Cabral e incentivar as pessoas a tomarem a vacina contra a COVID-19.
Nesse sentido, paralelamente ao evento, o Centro de Saúde do Tarrafal vai instalar uma tenda para vacinar todas as pessoas elegíveis.
A lei que estabelece o 31 de Julho como Dia Nacional do Batuque entrou em vigor a 06 de Maio, visando a valorização do mesmo como um dos géneros musicais mais antigos de Cabo Verde.
A iniciativa tem como objectivo reconhecer a sua importância como Património Nacional além de louvar os intérpretes e aqueles que ajudaram na criação do universo cultural diversificado que expressa, no batuque, a alma cabo-verdiana e reconhecer os direitos humanos, os direitos dos cidadãos, das populações e das mulheres.
O batuque é um género musical cabo-verdiano, tradicionalmente executado por mulheres, que se baseia na percussão e no canto e dança. É um património cultural de Cabo Verde, principalmente na ilha de Santiago.
Segundo dados históricos, é um género musical originário da ilha de Santiago, com características, padrões, desde o século XVIII, sendo provavelmente o género mais antigo de Cabo Verde.
O Dia Nacional do Batuque é comemorado por toda a nação cabo-verdiana, no país e na diáspora.