Abraão Vicente fez estas considerações em declarações à imprensa, à margem de uma visita que efectou esta segunda-feira, às instalações das associações Colmeia e Acarinhar, na Cidade da Praia, no âmbito do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que se assinala a 18 de Outubro.
“Quando eu vejo declarações que a cultura está de luto, porque a parte de entretenimento está fechada fico um pouco preocupado porque temos de esclarecer que desde de finais de Julho que todas as salas podem ser utilizadas com lotação praticamente máxima, desde que seja apresentada certificação de COVID-19”, disse realçando que os únicos lugares que estão fechados neste momento são discotecas e actividades dançantes.
Portanto, reforçou, neste momento a cultura não está confinada, tendo neste sentido referido que se têm realizado um pouco por todo o país pequenos concertos musicais promovidos pelos agentes culturais, comprovando assim que a cultura está a funcionar, mas com algumas limitações devido à pandemia.
O ministro da Cultura e das Indústrias Criativas apontou, por outro lado, o financiamento como o maior desafio do sector, especificando que este desafio tem impacto no melhoramento dos espaços culturais, do próprio sector, programas formativos, equipamentos culturais, financiamento das grandes festas e internacionalização de artistas cabo-verdianos.
O Governo prorrogou em 01 de Outubro, por mais dois meses, a situação de contingência em todo o país, definindo então que as discotecas só reabririam a partir de 01 de Dezembro, com os clientes obrigados a apresentar certificado de vacinação completa.
Entretanto, no passado dia 15, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou que praticamente metade da população adulta já tem a vacinação contra a COVID-19 completa e 80% recebeu pelo menos a primeira dose, pelo que foi decidido antecipar a reabertura das discotecas.
Por outro lado, os eventos culturais em recintos e espaços com controlo de entradas “deixam de ter limites de lotação, sem prejuízo do cumprimento de regras e normas de segurança” também a partir de 30 de Outubro, mas “continua a ser exigida para a entrada e frequência a apresentação de certificado COVID válido de pelo menos uma dose ou teste válido”.
À data de 13 de Outubro, segundo informações das autoridades cabo-verdianas, 79,3% da população com mais de 18 anos já tinha recebido pelo menos uma dose da vacina e 49% estava com a vacinação completa.