O vencedor da 7.ª edição deste prémio foi anunciado na quarta-feira pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Diogo Moura, e pelo secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), Vitor Ramalho, no âmbito da abertura do 5L-Festival Internacional de Literatura e Língua Portuguesa.
Além do prémio principal, foram atribuídas duas menções honrosas, uma ao romance “Três Dias em Fevereiro”, do português Ricardo Manuel Ferreira de Almeida, e outra ao livro de prosa “A Invasão”, da autoria do brasileiro Luís Henrique Aguiar.
O júri decidiu ainda recomendar a publicação da obra “O Diário”, de Amílcar Campos Bernardi, brasileiro, de 55 anos.
O vencedor do prémio receberá um valor pecuniário, no valor de três mil euros, atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa.
A esta edição do Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa concorreram 281 obras em língua portuguesa, vindas de 15 países. O Brasil é o país que tem tido sempre maior número de candidaturas, referiram os promotores do prémio em comunicado.
A este concurso só pode concorrer quem nunca editou uma obra literária. Ainda de acordo como a organização, esta iniciativa tem sido “um sucesso, no seu objetivo de promover a escrita entre jovens, que contabilizam cerca de 60% dos candidatos; quanto às mulheres, são 35%”.
Por outro lado, os organizadores salientam que este prémio tem conseguido também estabelecer um diálogo de gerações, “atraindo vários escritores seniores, com idades entre os 80 e os 90 anos”.
Fizeram parte do júri desta edição escritores e professores de todos os países de Língua portuguesa: Domício Proença (Brasil), Germano Almeida (Cabo Verde), Hélder Simbad (Angola), Inocência Mata (São Tomé e Príncipe), Pires Laranjeira (Portugal), Luís Carlos Patraquim (Moçambique), Luís Costa (Timor), Tony Tcheka (Guiné Bissau), Yao Jing Ming (Macau).
Completaram o júri João Pinto Sousa, em representação do Movimento 800 anos da Língua Portuguesa, e Rui Lourido, pela UCCLA.
A obra vencedora será publicada pela Guerra e Paz Editores e estará à venda nas livrarias de Portugal.
Alexandre Siloto Assine, 34 anos, reside em Campinas, São Paulo, Brasil. Cresceu em Curitiba e no interior do estado de São Paulo. Formado em Letras pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), actua, desde 2014, como analista legislativo - revisor na Câmara Municipal de Campinas.
Em 2021, foi finalista do concurso de contos da União Brasileira de Escritores (UBE), com o conto “Uma Lição”.
Nas edições anteriores, este prémio distinguiu “Era uma vez um Homem”, de João Nuno Azambuja (2016), “Diário de Cão”, de Thiago Rodrigues Braga (2017), “Equilíbrio Distante”, de Óscar Maldonado (2018), “Praças”, de António Pedro Serrano de Sousa Correia (2019), “O Heterónimo de Pedra”, de Henrique Reinaldo Castanheira (2020), e “O Sonho de Amadeu”, de Leonardo Costa Oliveira (2021).