Nuno de Miranda, natural de São Vicente, onde nasceu a 23 de Outubro de 1924, faleceu lá na terra longe onde fixou residência desde os anos cinquenta. Claridoso da segunda vaga, tendo sido editor e colaborador da revista Claridade, números 4 a 7 (1937 a 1949), e fundador, editor e colaborador da Certeza – Fôlha da Academia (1944-1945).
Nuno de Miranda é autor de várias obras de ficção e poesia e vários artigos em revistas e jornais.
Em 2016, por ocasião da celebração dos 80 aos da revista Claridade e publicação da revista em edição fac-similada pelo Expresso das Ilhas, Nuno de Miranda concedeu uma entrevista a este jornal, nº 780 de 09 de Novembro de 2016, que se propõe revisitar. Nuno de Miranda foi membro fundador da Academia Cabo-verdiana de Letras.
Poesia:
Cais de Ver Partir (Lisboa, 1960)
Cancioneiro da Ilha (Braga, 1964)
40 Poemas Escolhidos (Lisboa, 1974)
Ficção:
Gente da Ilha (Lisboa, 1961), Contos
Caminho Longe (Lisboa, 1974), Romance
Cais de Pedra (Lisboa, 1989), Romance
Ensaios:
Compreensão de Cabo Verde (Lisboa, 1963)
Formação do Espaço Português (Lisboa, 1964)
Epiderme em alguns textos (Lisboa, 1966)
Prémios/Condecorações:
Prémio literário Camilo Pessanha, em 1961, com o livro Cais de Ver Partir e, em 1964, com Cancioneiro da Ilha. Foi distinguido, em 1965, com o prémio “João de Barros” pelo livro Formação do Espaço Português.
Condecorado pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, pelos “serviços culturais” prestados e também pelo Instituto brasileiro de Antropologia da Amazónia.
Distinguido pela Academia Brasileira de Letras, pela sua participação na “Palavra de Poeta- África”, um projecto que englobou a faceta “Palavra de Poeta-Portugal” e “Palavra de Poeta-Brasil”.