Mário Silva fez essa declaração à RCV, no âmbito das comemorações do 8º aniversário da Livraria Pedro Cardoso, que tem agendada uma semana de actividades.
“Queremos que a actividade livreira e editorial sejam vistas como actividades indústrias como acontece lá fora”, assegura.
Segundo Mário Silva, o país não tem tradição de empresas culturais, “a actividade cultura é toda ela ou grande parte dela, tirando a música que já caminha para a sua internacionalização, é basicamente feita de uma forma informal, romântica, amadora e que isso não se compadece com os desafios do século 21”.
“De certo que temos um outro desafio mais complexo que tem a ver com o relacionamento com o próprio Estado, porque o Estado, ainda em Cabo Verde é editora e livreiro”, sublinha.
Por isso, Mário Silva desafia as empresas privadas do sector e as autoridades a debaterem se faz sentido ou não que o Estado faça concorrência às empresas da área do livro e da leitura.
O Administrador da Livraria Pedro Cardoso conta que há um projecto que está a discutir há anos com os Correios que tem que ver com a venda de livros em todas as suas lojas e que incluirá também a venda online. “Não estou a ver o mercado cabo-verdiano com várias entidades com plataformas de venda de livros online, porque não existe o mercado”.