“Omi Nobu” vence Melhor Filme documentário no FESPACO

PorExpresso das Ilhas,5 mar 2023 12:47

O documentário longa metragem “Omi Nobu”, do realizador cabo-verdiano Carlos Yuri Ceuninck, venceu este sábado, o L'Étalon d'or no festival panafricano de Cinema de Ouagadougou (FESPACO).

É a primeira vez que um filme com a bandeira de Cabo Verde vence o galardão de “ouro”, naquele que é o maior Festival de cinema e audiovisual de África.

Produzido pela Kori Kaxoru Films e finalizado em Janeiro de 2023, o filme fez a sua mundial neste FESCAPO, a 27 de Fevereiro, após ter sido seleccionado para competição oficial.

“Omi Nobu” foi consagrado o melhor documentário africano, nesta edição do Festival e o prémio foi recebido pelo realizador, Yuri Ceuninck, e pela produtora Natasha Craveiro, em representação da Kori Kaxoru Films.

Este importante prémio junta-se a outros já conquistados pela equipa, nomeadamente o prémio Outstanding Storyteller Award, no Durban FilmMart 2018, na África do Sul, com o filme “The Master’s Plan” (realizado por Yuri Ceuninck). Em 2020, “Dona Mónica” recebeu uma menção especial do júri no Festival Internacional de Cinema Documental de Saint-Louis, no Senegal.

O Projecto “Omi Nobu” tinha também sido seleccionado no Ouaga Film Lab 2020, tendo contado com apoio à sua produção no âmbito dessa premiação.

A estreia de “Omi Nobu” em Cabo Verde será anunciada muito brevemente, segundo informações avançadas pela produtora.

Veja os outros premiados aqui.

Sinopse “Omi Nobu”

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Nos anos 80 em Cabo Verde, na ilha de São Nicolau, Ribeira Funda, uma pequena aldeia situada no fundo de um vale rodeado por altas montanhas e um mar turbulento, os habitantes passam por uma série de acontecimentos trágicos. Suas superstições levam-nos a deixar a vila para fugir das forças do mal. Todos partem para se estabelecerem na vizinha Estância de Braz. Todos... excepto um. Apenas um homem ficou:

Quirino da Cruz, 76 anos, foi o único habitante que ficou em Ribeira Funda, “a aldeia fantasma”.

Por quatro décadas, Quirino recusou a ajuda oferecida por seus amigos e autoridades locais para realocá-lo.

Perante estas inicia5vas, insistiu com orgulho que a Ribeira Funda era “a terra do seu nascimento e o túmulo da sua morte”. Sobrevivendo da pesca e da agricultura. Passa seus dias contemplando o oceano e as majestosas montanhas que cercam sua casa. Seus companheiros: um galo; alguns pardais; e uma rádio portátil, a pilhas, do qual ressoam informações do resto do mundo.

Hoje, Quirino, é confrontado com um futuro incerto e com o peso exaus5vo do isolamento, da doença e da velhice. Pela primeira vez em sua vida, começa a crescer a ideia de que ele poderá ter que deixar a única aldeia natal e mudar-se também para Estancia de Braz. Devera tomar a decisão de mudar e adaptar-se ou enfrentar a morte sozinho na terra que o viu nascer.

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Autoria:Expresso das Ilhas,5 mar 2023 12:47

Editado porSara Almeida  em  6 mar 2023 14:14

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