Ana Samira Baessa, fez esta declaração ao ser questionada pelos jornalistas acerca do andamento do trabalho do IPC neste projecto.
“Estamos a trabalhar na questão da valorização da tabanca, com um trabalho técnico de recolha dos elementos científicos ligados à tabanca, além do preenchimento do formulário que é determinado pela Unesco e também a elaboração do procedimento para a classificação da tabanca”, explicou a responsável do IPC.
Ana Samira Baessa adiantou ainda que o consentimento da comunidade em si e da comunidade da tabanca é uma questão “fundamental” deste processo em curso, na questão do património imaterial da humanidade.
De sublinhar que o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente realizou esta terça-feira, 11, uma visita ao Instituto do Património Cultural (IPC), onde teve encontro com todos os técnicos da instituição.
“Esta visita centra-se no plano institucional do Ministério e voltar a projectar uma nova largada para além das reabilitações do mandato anterior, mas também de reforço de confiança na nova equipa”, afirmou o governante.
Conforme disse, os projectos do IPC continuam na linha da afirmação institucional, da reafirmação da competência técnica para o tratamento daquilo que é a agenda patrimonial cabo-verdiana e a confiança política do Governo da nova equipa.
“Nos últimos anos o Governo, através do MCIC, e sob a coordenação do Instituto do Património Cultural tem trabalhado, activamente, na salvaguarda e na preservação de bens materiais e imateriais, bem como na reabilitação e reconstrução de infraestruturas históricos e culturais”, revela.
Abraão Vicente explicou que os trabalhos que vão ser continuados pela nova equipa, como as obras de reabilitação para criação do Museu da Arqueologia Subaquática e reconstrução do Forte Duque de Bragança, na Boa Vista, em fase final, a requalificação de todo o Centro Histórico da Cidade Velha, o projecto do centro de tratamento da recolha histórica.
“Este último projecto tem como propósito não só a reconstituição e reabilitação da recolha efectuada por grandes cientistas, como o caso de Tomé Varela, sejam disponibilizadas para a Academia e para a investigação, mas também que o futuro possa promover um encontro com uma leitura mais integrada entre aquilo que é trabalho feito pela geração do finason, do batuque, txabeta e a nova geração faz com o nosso maior património que é a língua cabo-verdiana”, acrescenta.