“Retrato” surgiu depois dos álbuns “Minhas Raízes” e "Memórias" lançados em 2014 e 2016, respectivamente.
Filho de pai cabo-verdiano e mãe angolana, Badoxa descobriu muito cedo a sua paixão pela música, mas foi em 2014 que começou a cantar profissionalmente.
Depois de pisar alguns palcos em Cabo Verde, Badoxa resolveu promover o seu terceiro disco na terra do pai. “O meu pai é cabo-verdiano e a minha mãe é angola como nunca promovi o meu disco em Cabo Verde, porque já lancei dois, então viemos para Cabo Verde, para terra do meu pai para lançar o meu terceiro álbum”.
Segundo nos contou, o disco é o retrato da sua vida. “Começamos a trabalhar nesse álbum na pandemia, naquela fase complicada que ninguém podia sair de casa, então o foco foi fazer música atrás de música até que quando dei por mim tinha músicas para dois álbuns”.
O álbum, conforme disse, tem temas em crioulo e português como “Panko” e “Nu Baza”. “Tenho algumas colaborações com Kiari Flores e G. One, são estilos diferentes, uma é uma kizomba diferente e a outra é uma música mais comercial”.
E deste álbum, o artista avançou que gravou quatro videoclipes na ilha do Sal, temas como “Mulher Africana”, “Nu Baza”, “Panku” e “Eu Te Amei”.
Em relação ao feedback disse que está a ser muito positivo. “Está tudo a correr muito bem, o feedback tem sido bastante positivo, as músicas têm estado a tocar nas rádios”.
Apresentação do álbum
Os shows de apresentação do álbum estão previstos para a partir do mês de Junho, em Portugal, e mostrou-se o desejo de fazer espectáculos na Cidade da Praia e nas outras ilhas.
“Ainda não temos shows de apresentação do álbum em Cabo Verde, porque estou à espera do convite. A ideia mesmo de vir a Cabo Verde foi para promover o álbum, o máximo possível para futuramente virmos cá fazer shows nos festivais alguns que ainda não fiz como o Festival da Gamboa. Estive na Baía das Gatas, mas no Festival da Gamboa ainda não estive. Já estive na ilha do Fogo, mas vou ficar à espera do convite”.
Badoxa revelou que quer fazer parcerias com outros artistas cabo-verdianos. “Quero cantar uma coladeira, o funaná e uma morna. Quero viajar e cantar com as novas gerações e fazer as fusões”.
Sobre a música cabo-verdiana disse que é muito rica, “desde a morna, batuque, funaná, coladeira e agora tem o Kotchi pó”.