Esta intenção foi manifestada pelo director-geral das Artes e Indústrias Criativas, Adilson Gomes, na abertura do encontro de consolidação do curso Gestão Cultural com entidades públicas, instituições e agentes culturais, organizado pelo MCIC através da Direcção-Geral das Artes e Indústrias Criativas.
Segundo Adilson Gomes, esta formação tem o intuito de trazer para o mercado de trabalho opções para a gestão e produção cultural, que são duas áreas muito procuradas em termos de formação.
Estes cursos, conforme afirmou, vão arrancar a partir de Novembro, no ano lectivo 2023/2024, destinados a todos os interessados, pessoas que têm interesse na área e querem aprofundar mais os seus conhecimentos, no quadro das políticas que o Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas traçou para este mandato, que é formalizar o sector e apostar no capital humano.
Este responsável avançou ainda que, devido à pandemia da COVID-19 e outras questões logísticas que surgiram depois, não conseguiram avançar com estas formações que estavam previstas para 2019 e só agora conseguiram reunir todas as condições para começar.
Estes cursos, conforme Adilson Gomes, vão abranger sobretudo os sectores das artes e indústrias criativas que são sectores que têm “pecado” por causa da falta de técnicos, tanto a nível profissional como superior.
O director-geral das Artes e Indústrias Criativas sublinhou que, infelizmente, ainda existem poucos técnicos nestas áreas em Cabo Verde, ressaltando que as pessoas que trabalham neste ramo, conseguem fazê-lo mais pela experiência que adquiriram no dia-a-dia.
Por não ter havido esta opção formativa, Adilson Gomes afiançou que esta iniciativa vai potencializar o turismo cultural e servirá também para dar cobertura a todos os centros culturais que irão aparecer nos próximos meses aqui em Cabo Verde.
Esta formação, acrescentou, vai ajudar os agentes e os produtores culturais a terem pessoas capacitadas para trabalharem com eles nos grandes eventos do país, sendo que, como sublinhou, este muitas vezes precisam de pessoas que percebam a dinâmica e a linguagem desta área.
Por isso, estas formações vão trazer várias saídas profissionais, nomeadamente, na parte da animação cultural dos hotéis, entre outras, afiançou.
“A ideia é que esses cursos tenham continuidade e consigam atrair pessoas de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, com ´grande possibilidade` de avançar futuramente para a licenciatura”, indicou.
Gestão cultural, direito aplicado às artes e indústrias criativas, audiovisual, história de arte e história de Cabo Verde são alguns módulos a serem ministrados nestes cursos, conforme a mesma fonte.
Os cursos serão ministrados pela Universidade de Cabo Verde que vai anunciar a candidatura e os critérios dos mesmos, brevemente.
A candidatura vai levar em conta todos os critérios, pelo que as pessoas que se vão inscrever nesses cursos podem ser interessados que tenham o 12º ano de escolaridade e pessoas que já têm alguma formação na área, mesmo não tendo o 12º ano completo. O curso de Gestão Cultural terá a duração de 1 ano e o de Produção Cultural de 6 meses.
De realçar ainda que esses cursos não são gratuitos, mas vão ter um preço acessível a todos. Estas formações são promovidas pela MCIC através da Direcção Nacional das Artes em parceria com a UNICV, IEFP e financiadas pela Pró-cultura.