“Nós trabalhamos para que pudéssemos oferecer a cidade, ao município, a todo o povo santiaguense e a nossa diáspora um grande festival, no espaço que é dos melhores que temos na ilha [de Santiago] para receber um certame desta envergadura”, afirmou Herménio Fernandes aos jornalistas, no final do evento.
O “sucesso” dos dois dias do certame, destaque das festividades da Festa da Cidade e da sua santa padroeira, Nossa Senhora do Socorro, assinalado a 15 de Agosto, segundo o autarca, não é só pela “aposta ganha” a nível do novo espaço, mas também pelas actuações dos artistas, participação e satisfação do público e organização do espaço, referindo-se à praça de alimentação, área de bebidas, áreas VIP e de instituições, e ainda uma esplanada.
“Estamos contentes com o sucesso que foi este festival, daí, que vamos continuar a trabalhar para melhorarmos ainda mais, porque a nossa aposta foi na qualidade”, assumiu, acrescentando que os dois dias do festival foram de “muita festa, animação, amizade e partilha”.
Na ocasião, garantiu que as próximas edições do festival de música vão continuar a ser realizadas na praia de Calhetona, que recebeu obras de requalificação num investimento de 7.500 contos, tendo admitido a possibilidade de ao longo do ano promover outras actividades de lazer, desportivas e culturais com foco na promoção do turismo e atracção de investimentos.
Os festivaleiros, por seu lado, foram unânimes nas opiniões em relação a organização do espaço, mas divergem quanto às actuações e escolha dos artistas.
Se uns se mostraram satisfeitos por verem o angolano Djeejay (DJ) Loló, Josslyn, MC Acondize, Indira e Gil Semedo, outros lamentaram a retirada do cartaz em cima da hora do artista cabo-verdiano residente em Portugal, Tony Fika.
Na mesma linha, os donos das “barracas de comes e bebes” destacaram a forma como o espaço foi organizado, modelo que entendem deve ser nos outros municípios, mas, discordaram da taxa cobrada de 30 mil escudos por duas noites, marcados por pouca movimentação e venda dos produtos.
Ou seja, afirmaram que não fizeram um bom negócio durante os dois dias do festival.
Durante os dois dias da oitava edição do festival, com entrada a 500 escudos/dia, subiram ao palco artistas nacionais e locais como Catikila, Alexandro Rocha, Vah e banda, Márcia Cruz, Boy Game, PCC, Zé Spanhol, MC Acondize e o angolano DJ Loló, autor do ‘hit’ do momento “Liamba”, Telex WB, MC Distranka, Nany Dias e Papa London, Black G, Indira, Gil Semedo, Josslyn e Titio di Belo Freire com o fenómeno “cotxi pó”.
Para assinalar a Festa da Cidade e a sua santa padroeira, foram realizadas em São Miguel actividades de cunho social, cultural, desportivo, gastronómico e político, que já arrancaram desde meados de Julho, e ainda inaugurações.
As festividades terão o seu ponto alto no dia 15 de Agosto, com uma procissão e missa em honra à santa padroeira.