Em entrevista à Inforpress, o coreógrafo e músico explicou que o espectáculo, criado ainda este ano, abrange diversas tipologias de arte desde dança, teatro, moda, performance, literatura e audiovisual, e vai ser interpretado pelos participantes Kliff Canifa e Ray Patron, que exploram as possibilidades de expressão dos sons que normalmente não são incorporados pelo ser humano, apesar do seu grande poder de comunicação.
“Noya é uma palavra muito utilizada pelos jovens e que tem muita riqueza de significado, muitas vezes completamente oposto. Noya pode ser algo muito positivo ou muito negativo, mas de uma forma geral é algo que escapa do real, que viaja num universo incomum, e a ideia é como atribuir um determinado som a um movimento e que tipos de som tem o ser humano, mas que não usa “, esclareceu.
O que se pretende, segundo o artista, é proporcionar uma experiência “diferente” visto ser uma das funções da arte desvincular da mesmice e da realidade, acrescentando que conta com o contributo literário de figuras como o ex-Presidente da República Jorge Carlos Fonseca, Mário Lúcio, Vera Duarte e Caplan Neves.
No projecto fazem parte também rappers de referência como Batchart, Mito Kaskas e a dupla Rapaz 100 Juiz.
Além do espectáculo, o bailarino, coreógrafo e cantor irá ministrar no dia 16, um workshop, com base nos estilos afro house e afrobeat, aproveitando para desafiar os participantes a explorar alguns dos processos criativos que estiveram na base de criação do projecto Noya.
O Festival Musa, que já vai na sua décima edição, teve início no dia 01 deste mês com o término no dia 30 e conta com um extenso programa de actividades com o objectivo de aproximar os visitantes da cultura cabo-verdiana, partilhando padrões culturais muito semelhantes aos das zonas rurais de Portugal.
O festival tem como objectivo promover a cultura cabo-verdiana ao recolher e mostrar diferentes manifestações culturais e sociais.