O anúncio sobre a suspensão das negociações aconteceu depois de, na quarta-feira, os responsáveis de estúdios e plataformas como Disney e Netflix terem estado reunidos com representantes do sindicato Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) que defende os interesses de 160 mil actores, duplos, dançarinos e outros profissionais do cinema.
Mas em comunicado na quarta-feira, os estúdios, representados pela Associação dos Produtores de Cinema e Televisão (AMPTP), anunciaram que o processo negocial foi interrompido.
"Após discussões sérias, ficou claro que a lacuna entre as posições da AMPTP e as da SAG-AFTRA é muito grande, e estas discussões já não nos fazem avançar de forma frutífera", foi descrito.
A AMPTP acusou os actores de fazerem exigências excessivas, incluindo uma partilha das receitas provenientes da distribuição de obras em plataformas de 'streaming' que "custariam mais de 800 milhões de dólares por ano".
Para os estúdios este é um "fardo financeiro insustentável".
Também acusaram o sindicato SAG-AFTRA de rejeitar os aumentos salariais já negociados com os argumentistas.
"Esperemos que a SAG-AFTRA reveja as suas posições e regresse rapidamente às negociações", afirmaram os estúdios de Hollywood.
No mês passado, a AMTP chegou a um acordo salarial com outra corporação, a dos argumentistas de Hollywood, que pôs fim a uma greve que durou quase cinco meses.
O sindicato SAG-AFTRA não reagiu às declarações da associação de produtores.