Segundo uma nota da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, em Dezembro o Centro Cultural Cabo Verde celebra a Morna, que é considerada por muitos a música rainha de Cabo Verde. "O mês tem datas marcantes para a cultura cabo-verdiana, já que em algumas celebramos acontecimentos felizes e noutras elevamos a vida e o contributo de três mulheres cujas vozes levaram a Morna aos quatro cantos do mundo: dia 3 de dezembro é o Dia Nacional da Morna, instituído em homenagem ao seu patrono, Francisco Xavier da Cruz “B.Leza”, nascido a 3 de dezembro de 1905; dia 11 de dezembro de 2019, a Morna foi elevada à categoria de Património Imaterial da Humanidade pela Unesco".
“Rainha das Ilhas” tem como ponto de partida o mais recente trabalho musical de Manel di Candinho, que presta homenagem à Morna, Património Imaterial da Humanidade.
O álbum de Manel di Candinho é uma viagem por Cabo Verde, de Santo Antão à Brava, na companhia da morna, e é também uma homenagem aos compositores das ilhas, que integram “grandes composições”.
Nesta viagem pelas ilhas da Morabeza, conforme a mesma fonte, Manel di Candinho traz-nos da ilha das montanhas, “Santo Antão”, de Pedro Barbosa e “Paúl”, de B.Leza.
O músico segue viagem para São Vicente interpretando temas de Manuel d´Novas e de Luís Lima. Da ilha do Sal, presenteia-nos com Tututa Évora, compositora que a seu ver não “poderia deixar de fora as suas mornas”. Leva-nos a São Nicolau, terra do Mestre Paulino Vieira dedicando uma morna a esta ilha.
Nha Vão e Luís Rendall marcam presença trazendo a ilha da Boavista para o disco “Rainha das Ilhas”. Maio, Santiago e Fogo não poderiam faltar. O músico encanta-nos com as composições de Betu e Tibau, de Tei Barbosa e de Pedro Cardoso, respetivamente.
Manuel dos Santos Pereira, mais conhecido por Manel di Candinho, nasceu na localidade de Chaminé, São Domingos, Ilha de Santiago. Iniciou a sua carreira musical nos finais dos anos 70 do século XX, ainda muito jovem, escrevendo composições inspiradas na vida social e romântica da sua ilha.
Ao longo da década seguinte, Manel di Candinho produziu e fez arranjos de trabalhos musicais de outros artistas, nunca deixando de lado o seu desejo de aprender sempre mais sobre a música.