​Palácio da Cultura recebe espectáculo "Un konpuzitor, un legádu"

PorDulcina Mendes,25 jan 2024 14:21

O Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Cidade da Praia recebe esta quinta-feira, 25, o espectáculo "Un konpuzitor, un legádu" do grupo “Quarteto Ano Nobo + 1”. O espetáculo é produzido pela produtora Insulada em parceira com o Palácio da Cultura Ildo Lobo.

Segundo a Insulada, o espectáculo será um momento de recordar o instrumentista e compositor Ano Nobo e haverá um momento onde a Cimboa será abordado, através do músico Pascoal de São Domingos.

“Esperamos uma noite no Palácio da Cultura Ildos Lobo, onde através de diversas formas artísticas, o nome de Ano Nobo seja o motivo maior e celebração merecida”, frisa.

A mesma fonte conta que a estreia do espectáculo foi em São Domingos, terra onde Ano Nobo nasceu e onde o “Quarteto Ano Nobo + 1” começa a sua nacionalização, tendo já alguns convites para shows no exterior. No âmbito do Vinil “Strings of São Domingos” fizeram uma apresentação na Holanda.

“Numa primeira fase, juntam-se a convite na label Ostinato Records, para gravar o vinil: Strings of São Domingos, agora apostam em produção própria onde para além da divulgação do nome de Ano Nobo, levam sempre para os espetáculos a Cimboa, onde Pascoal faz a divulgação do instrumento”, anuncia.

O “Quarteto Ano Nobo +1” é formado por Afrikano, Fany e Nono (filhos de Ano Nobo) + Quim di Nanda e Pascoal (discípulos e seguidores desde criança, do mestre), com objetivo de enaltecer e ajudar a divulgar cada vez mais o nome de Ano Nobo, um dos compositores incontornáveis da nossa música.

Para além de compositor e interprete, o nome de Ano Nobo atinge uma dimensão artística e pedagógica maior: Este envolvido na área do teatro, e na música em várias frentes: para além da música tradicional, também trabalhou a música religiosa, e curiosamente foi que fez o Hino dos Escoteiros de São Domingos.

Conforme sublinhou Ano Nobo, foi instrumentista e compositor, área onde deixou mais de 400 composições, que ao longo do tempo foram sendo tocadas pelos mais variados nomes da nossa música.

“Mas o nome de Ano Nobo está ligado à incontornável criação musical, e também a todo um processo educativo que fez com que nele fosse compromisso passar a música e legado aos seus seguidores. Começou pelos filhos, sobrinhos e demais vizinhos que o seguiam como mestre”, indica.

Os filhos de Ano Nobo, por terem crescido no meio musical, todos aprenderam a tocar instrumentos de cordas, sobretudo o violão e o cavaquinho. Os nomes de Fany, Afrikano e Nono, sempre estiveram ligados ao suporte de artistas famosos da nossa música como: Cremilda Medina, Manel di Candinho, Solange Cesarovna, Zeca di Nha Reinalda etc.

Entretanto, o Ano Nobo não parou nos filhos. Ensinou a muitos mais instrumentistas. Dois deles foram Quim di Nanda e Pascoal – sobrinho e vizinho do mestre. Pascoal, para além de violonista, é o nome mais sonante da Cimboa, instrumento tipicamente cabo-verdiano. Tem projectos que desenvolveu na preservação da Cimboa e ensino do instrumento a geração mais nova para evitar a sua extinção

Assim, os cinco nomes apresentados: os filhos de Ano Nobo: Nono, Afrikano e Fany e os discípulos Quim di Nanda e Pascoal, já com imensa experiência em palcos nacionais e internacionais reuniram-se para tocar as composições do mestre Ano Nobo.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Dulcina Mendes,25 jan 2024 14:21

Editado porAndre Amaral  em  26 jan 2024 10:08

pub.

pub.

pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.