Segundo uma nota da produtora Insulada, trata-se de um álbum embebido em conceito, onde cada um dos temas é um momento. “O caminho que nos leva desde o primeiro tema ao último é quase que ´´ narrado´´ por Mucinhu - a personagem principal das histórias do álbum”.
“As temáticas comoa resistência escrava e dos quilombos , filosofias africanas como a do Ubuntu , eventos como o massacre de Pidjiguiti , a importância de Cabral, o sofrer na “terra longi” juntam-se á doce inocência dos amores de infância, cânticos infantis sobre a lua, a esperança d’azagua, num todo onde o amor é esperança e ser crioulo a nossa marca maior”, indica.
A mesma fonte explica que o disco traz coladeras, mornas, batuku, mazurka e san jon, com releituras próprias de um grupo e geração, que pensa Cabo Verde “fora da caixa”, onde o mar não nos separa, mas sim, serve para como ligação entre as ilhas e o mundo .
O disco conta com convidados especiais com a participação de dois nomes da nossa música: Tiago Silva e um segundo que o grupo prefere deixar para surpresa. A capa do disco é do artista Sai Rodrigues, que se juntou ao projecto.
As letras são da autoria do grupo, no geral contam estórias que misturam a pesquisa e a criatividade do grupo, embrulhadas num jogo de vozes desafiador e, forte instrumental onde a mistura de instrumentos, samples e beats fazem um todo o musical que começa a ser marca do grupo.
“Cada membro traz a originalidade das suas vozes para a tapeçaria sonora do grupo, formando assim um todo o musical onde a criatividade e paixão são pilares do todo”, realça.
Conforme a mesma fonte, Sizal é um colectivo de músicos que propõe sonoridades de uma abordagem com acentuada inovação. “Mergulham na tradição musical de Cabo Verde e trabalham a sua fusão com sonoridades actuais”.
Tendo as raízes da nossa música como base, Sizal floresce para horizontes mil, em musicalidade contemporânea que sabem a futuro.
Sizal é composto pelo produtor musical HR_Be4tz , a almofada sonora onde se assentam as vozes de: Liriel, Roberto Roque, Ryze e Eden
“Propomos emoção e inspirações várias na nossa sonoridade” … onde o conceito de “colectivo” rege o todo.
Conforme definido por Henry Fernandes, o produtor musical dos Sizal, “convidei jovens que se destacavam em diversas áreas, como instrumentação, composição de letras e diferentes contextos criativos, para participar do projecto”.
Esse diálogo colectivo manifestou-se na forma de música, num grupo que já trabalhavam juntos há cinco anos, sendo dois dos últimos enquanto Sizal e que assim nos leva até ao lançamento de “Kamin di Prata” no dia 15 de Junho.
Sizal foi uma das propostas nacionais do Atlantic Music Expo (AME) deste ano tendo sido um dos grupos de muita procura por parte da imprensa nacional e internacional, fruto do diferencial que trouxeram para o palco.
Há semanas atrás estiveram no Centro Cultural do Mindelo, para espectáculo de casa cheia com posterior conversa, onde contaram o novo disco, falaram do conceito Sizal e dos caminhos que querem rumo a novos e variados palcos.