Natural da Cidade da Praia, Fernando Jorge Marta Silva, carinhosamente conhecido por Djodje, foi rodeado pela música desde a maia tenra idade.
A sua infância foi imensamente influenciada pelo ambiente musical, onde o talento e a paixão pela arte fluíam através das gerações da sua família, estabelecendo assim, as suas raízes firmes na música.
Explorando e mesclando habilmente ritmos tradicionais de Cabo Verde, como a Coladeira, o Batuque e Funaná, com elementos contemporâneos do Kizomba, da Pop, R&B e música eletrônica, Djodje formou um som que é simultaneamente autêntico e universal.
A sua música fala não só aos corações dos cabo-verdianos, mas também ressoa poderosamente através das fronteiras, conectando pessoas de diversas culturas e contextos.
Num olhar para o futuro, enquanto se baseia nos pilares da tradição e da inovação, Djodje continua a explorar, criar e conectar, escrevendo a sua história numa pauta global, sem nunca esquecer as melodiosas linhas da casa que sempre o definiram.
Aos 32 anos de idade, Djodje completou 20 anos de carreira e celebrou a data com o álbum “Mininu di Oru”.
EP
Sobre o lançamento do EP e não do disco, Djodje explica que gosta de experimentar coisas novas. “Eu gosto de experimentar coisas novas e, na verdade, nunca tinha lançado um EP, então decidi lançar um EP e sinto que nesta fase da minha carreira faz mais sentido do que um disco”.
O artista confidencia que o EP representa acima de tudo os seus elementos fundamentais a nível musical, principalmente as suas influências como o R&B, Kizomba, sem esquecer do toque Kriolo que nunca pode faltar.
Djodje disse que neste momento está focado no EP, na sua promoção e em fazer as músicas atingirem o seu máximo potencial.
Neste sentido, o artista promete que estará no país para um concerto, para apresentar os seus trabalhos discográficos.
Questionado sobre qual é o segredo para todo o sucesso que tem tido, Djodje diz acreditar que tudo é resultado de muito trabalho. “Mas acredito que quando fazemos algo com o coração e somos verdadeiros o universo NOS abençoa”.
Desafios
Djodje considera que os desafios no mundo da música são constantes, quer para quem está a começar ou para quem já está no mercado há mais tempo. “Para um artista que já tem um histórico de sucesso acho que o maior desafio é não ficar refém dos sucessos do passado e aproveitar a viagem com gratidão”.
O artista realça que ainda lhe faltam muitas coisas para realizar no mundo da música. “Tanta coisa, ainda há muito caminho para trilhar, principalmente a nível internacional”.
Além do trabalho a solo, Djodje tem um projecto com o artista, compositor e produtor Nelson Freitas intitulado “Kriol Kings”, um concerto com os seus sucessos. O concerto já esteve em alguns países como Cabo Verde, Portugal, Estados Unidos da América e França.
Djodje tem feito parcerias com vários artistas nacionais e internacionais. “Há muitos artistas com quem gostaria de trabalhar, sei que o seu tempo irá se concretizar se tiver que ser”.
Carreira
Djodje sente-se abençoado e com energias renovadas. “Parece que a minha carreira ainda está no início, mas com toda a experiência de quem já está na estrada há 20 anos”.
Para já, o artista tem agendado um show com a sua banda no dia 12 de Outubro, no Manchester Academy, Inglaterra.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 1182 de 24 de Julho de 2024.