O governante fez essas declarações à Inforpress e transmitiu esse compromisso durante um encontro que teve com a comunidade artística cabo-verdiana em Portugal, tendo sublinhando a importância do evento para ouvir as expectativas e necessidades dos artistas, bem como adaptar as acções ministeriais aos desafios específicos que enfrentam nesse país.
“A proposta do ministério é não só apresentar as políticas culturais, mas principalmente ouvir as expectativas do sector e compreender as necessidades que surgem ao actuar fora do país”, afirmou.
Segundo o ministro, o objectivo é criar uma colaboração próxima com a comunidade artística em Portugal, que considera uma parte fundamental da diáspora cabo-verdiana, sempre adaptando à realidade e trabalhar juntos, “especialmente com esta comunidade tão importante aqui em Lisboa”.
“Eles são muito importantes para nós e têm uma grande relevância no meio artístico português, promovendo o respeito por Cabo Verde através das artes”, realçou o governante, que considerou que a valorização dos artistas na diáspora é essencial.
Augusto Veiga realçou ainda que o encontro serviu para criar um primeiro contato com muitos artistas que ainda não conhecia, reconhecendo a sua integração e contribuição tanto na sociedade portuguesa quanto no fortalecimento dos laços culturais com Cabo Verde.
Questionado sobre os desafios enfrentados pelos artistas na diáspora, o ministro reconheceu que estes problemas tendem a ser amplificados pela distância e pela vivência em um país estrangeiro.
“Os desafios são semelhantes aos dos artistas em Cabo Verde, mas aqui são ainda maiores”, sublinhou, sendo que a partir das conversas mantidas neste encontro, entendeu melhor esses obstáculos, garantindo actuar como facilitador para que possam ser superados, reforçando o apoio à expressão artística cabo-verdiana no exterior.
Presentes no encontro estiveram dezenas de artistas, como Mayra Andrade, Solange Cesarovna, Djodje, Kady, Mário Marta, Ana Firmino, Loony Johnson, Cremilda Medida e Hilar.
Assuntos como a música e cultura nas escolas e universidades, quotas nos festivais, direitos autorais, cultura e ambiente, inteligência artificial, valorização da língua materna e programas de incentivos às artes foram abordados e o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Augusto Veiga, que respondeu a todas as questões, prometeu continuar a trabalhar para driblar os desafios levantados.