Segundo o IPC, este registo surgiu no âmbito da missão técnica realizada à Aldeia de Fontainhas, e procedeu-se ao registo do Fongo.
A mesma fonte explica que esta iniciativa integra o processo de regulamentação da classificação da aldeia como Património Cultural e Natural Nacional, conforme estabelecido na Portaria nº 34/2024, de 5 de Agosto.
Para o IPC, o registo técnico foi possível mediante a colaboração activa da comunidade local, reflecte a riqueza dos saberes tradicionais e a importância da participação comunitária na preservação do património cultural.
“Este envolvimento, assegura a transmissão dos conhecimentos relacionados à produção do Fongo, promovendo o seu reconhecimento como símbolo da identidade cultural de Fontainhas”, garante.
Conforme indica o IPC, a documentação técnica realizada segue os princípios internacionais de salvaguarda do património imaterial e será utilizada para desenvolver estratégias de conservação, valorização e promoção deste elemento cultural.
O Fongo é uma iguaria tradicional da culinária cabo-verdiana, típica desta localidade. “O Fongo, uma das expressões mais autênticas da herança gastronómica da região, é produzido de forma artesanal, seguindo técnicas tradicionais transmitidas de geração em geração”.
A confecção do Fongo inclui o preparo de uma mistura de farinha de milho, mandioca, banana e açúcar, moldada e envolta em folhas de bananeira antes de ser cozinhada em fogueiras ao ar livre. “Tradicionalmente, esta iguaria é associada a momentos festivos, como a Páscoa e as festas da padroeira local, no mês de Agosto”.