Em entrevista à Inforpress, Tutu Sousa avançou que as obras realizadas em Portugal expressam o “amor no seu todo”, a tranquilidade e a paz, enquanto outras destacam a procura pela liberdade, um sentimento com o qual o ser humano se depara constantemente.
“Vivemos uma fase muito complicada; qualquer ser humano, quando volta para si mesmo, fica com a sensação de querer esta liberdade, e esta obra reflecte a liberdade”, explicou.
As obras do artista, marcadas por cores vibrantes e pinceladas bem definidas, estarão expostas juntamente com outras duas que exprimem “poesia e o processo de transformação do café”, as quais estiveram presentes na primeira exposição da Dama Art Gallery e que venceram a gala realizada na altura.
Conforme enalteceu, o principal objectivo é demonstrar o seu trabalho ao mundo, augurando uma boa apreciação do público das obras expostas no Centro Empresarial do Porto.
“Numa exposição a nível internacional, a venda de obras é importante, mas, neste caso, o mais importante é fazer com que as pessoas conheçam mais o meu trabalho, que tenho desenvolvido em Cabo Verde, para o mundo”, disse, manifestando-se orgulhoso e feliz em poder partilhar o momento com o filho, Junior Sousa, também artista plástico.
Segundo Tutu, os quadros a serem apresentados pelo filho foram igualmente desenvolvidos em Portugal, com enorme “qualidade” e especificamente para a exposição 50 Tons de Branco.
De acordo com uma nota da Dama Art Gallery, a exposição, realizada sob a curadoria da renomada Cristina Bernardini, reúne impressionantes 25 obras de artistas de diferentes países, incluindo Cabo Verde, Portugal, Brasil e Itália.
A exposição, avançou, explora a diversidade cultural e artística por meio de uma paleta que transcende o conceito de branco como ausência, revelando as suas infinitas possibilidades simbólicas e estéticas.
Cada obra, enalteceu, reflecte perspectivas únicas sobre a identidade, a história e a emoção, oferecendo uma jornada rica e envolvente aos visitantes e trazendo uma multiplicidade de “olhares que se conectam” num diálogo profundo e contemporâneo.
Ainda com a convergência de culturas e técnicas, a exposição, destacou, mergulha numa oportunidade única em narrativas que dialogam com as cores e questões socioculturais de cada país.