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O concerto acontece no âmbito do projecto musical do CCCV “Kriolo Sounds – Cada Nota, Uma Estória”, que tem por finalidade apoiar artistas de Cabo Verde e dos restantes países da CPLP e dar a conhecer ao público a música destes países.
Segundo uma nota da Embaixada de Cabo Verde em Portugal, “Bordão Cabo-verdiano” é uma banda de música tradicional de Cabo Verde, criado há cerca de sete anos como banda de suporte do coro Voz Terra, tendo como convidado especial o exímio músico, o lendário Armando Tito, um dos maiores guardiões no activo da verdadeira essência do violão cabo-verdiano.
Constam do repertório da banda obras emblemáticas do cancioneiro, dos seus compositores de eleição e nos diversos géneros musicais, com principal destaque para a Morna, música elevada a Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2019.
Armando Tito – violão, nasceu na ilha de São Vicente. O músico conta com mais de 60 anos de carreira, no decurso da qual acompanhou alguns dos nomes mais célebres da música de Cabo Verde. As linhas musicais que criou no seu violão fascinam e inspiram qualquer ouvinte e têm influenciado várias gerações de músicos.
António Lima (Tonecas) –violão, nasceu na Vila Sal-Rei, na Ilha da Boavista. Cresceu rodeado de músicos e de instrumentos e desde cedo bebeu e aprendeu a arte do violão tradicional tal como é praticada em Cabo Verde.
Abílio Lima (Bilocas) - violão/guitarra de 12 cordas, nasceu na Ilha de São Vicente. É um estudioso da arte do violão tradicional, executa o dedilhar e o rendilhado dos bordões tradicionais como poucos.
José Lopes (Blimundo) - bateria/percussão, nasceu na Ilha de São Vicente e é o lendário baterista do primeiro Festival da Baía das Gatas, que aconteceu em 1984. Dos diversos álbuns em que já participou, listam-se, por exemplo, o LP Hey Morena, de Vlu, o LP Mar Azul – Abri’m Camim Cantá Mudjer’s, com as vozes de Cesária Évora, Celina Pereira, Zenaida Chantre e Ana Emília Marta. É um especialista na essência do pulsar e cadência da morna tradicional.
João Santos (Djone) – cavaquinho, nasceu em São Tomé e Príncipe, filho de pais naturais da ilha de Santo Antão e aprendeu com o pai o "sotaque" antigo do cavaquinho. Na sua caminhada teve a sorte de tocar ao lado do gigante precocemente desaparecido, Vaiss Dias, que considera um verdadeiro impulsionador no toque moderno do cavaquinho.
