"Este concerto é dedicado aos 50 anos de independência de Cabo Verde", disse Mário Lúcio durante a sua actuação.
Mário Lúcio regressou ao Kriol Jazz Festival depois de vários anos, para abrilhantar o evento musical que reúne os artistas crioulo num verdadeiro intercâmbio de culturas.
No final do concerto, o artista mostrou-se emocionado. “Estar neste concerto, para mim, é uma devolução de tudo o que acumulei na vida, carinhos, observações, grandes aprendizados. Estou num belíssimo momento”.
Depois do cantor cabo-verdiano, foi a vez do Mario Canonge Trio, que já havia actuado na abertura do festival, no projeto Kriol-Kréyòl. O trio deu continuidade ao espectáculo, na Pracinha da Escola Grande, que esteve com casa bem composta.
O Mario Canonge Trio apresentou um concerto marcado por uma explosão de talento, que mereceu muitos aplausos do público.
O pianista da Martinica, que esteve pela primeira vez no Kriol Jazz Festival há 13 anos, subiu ao palco ao lado de dois grandes músicos: um baixista muito conhecido da Guadalupe e um baterista da Martinica. Juntos, trouxeram uma sonoridade vibrante de jazz caribenho.
Com muito jazz na bagagem, o trio conquistou o público com uma performance rica em ritmo, técnica e emoção, uma viagem musical envolvente que mostra, mais uma vez, por que Mario Canonge é um nome incontornável do jazz contemporâneo.
Em seguida, Sona Jobarteh subiu ao palco e encheu o ambiente com a sua voz poderosa e a sonoridade única da kora.
Sona Jobarteh é, actualmente, a mulher africana mais conhecida no mundo por tocar esse instrumento tradicional da África Ocidental. Tocando kora enquanto canta, já foi premiada diversas vezes internacionalmente.
A artista actuou acompanhada do filho, proporcionando ao público momentos de grande euforia.
Com uma presença magnética e uma ligação profunda às suas raízes, ela celebra a tradição mandinga enquanto a reinventa com elegância.
O grupo Sixun encerrou o segundo dia do Kriol Jazz Festival com energia contagiante com o seu groove único e inconfundível.
Com uma fusão perfeita de jazz, funk e ritmos do mundo, o lendário grupo francês mostrou por que é uma referência internacional no universo do jazz contemporâneo.
Mesmo com o avançar da hora, o concerto foi vibrante, cheio de vida e alegria. O grupo demonstrou felicidade por tocar em Cabo Verde.
Formado por músicos originários da África e das Caraíbas francesas, o Sixun fez grande sucesso nas décadas de 80 e 90, mas esteve parado durante 13 anos.
Neste sábado, dia 12, há mais música na Pracinha da Escola Grande. A cabo-verdiana Nancy Vieira abre a noite, antecedendo os norte-americanos Michelle David & The True Tones, as espanholas Las Karamba e o angolano Bonga.
Esta edição do Kriol Jazz Festival presta homenagem ao saxofonista Totinho, falecido no ano passado.