Segundo uma nota da Câmara Municipal de Santa Cruz, esta edição especial será promovida em comemoração dos 74 anos do nascimento de Katchás, figura incontornável da música cabo-verdiana, e contará com a participação especial do emblemático grupo Bulimundo.
O evento incluirá conversas, momentos musicais e uma exposição temática, numa celebração que pretende valorizar a memória e o legado cultural do artista.
Segundo o caboverdeamusica.online, Katchás foi guitarrista, compositor e líder do Bulimundo desde a sua fundação até 1986. “Katchás será sempre lembrado como o mentor da revolução musical desencadeada por este grupo, ao transformar o funaná até então uma expressão musical camponesa de Santiago sem qualquer impacto fora do meio rural – num género musical assumido nacionalmente, gerador de uma extensa discografia e dos mais expressivos da cultura cabo-verdiana”.
O mesmo site, refere que a iniciação musical de Katchás aconteceu em Lisboa, no início da década de 1970. “Com Armando Tito e outros músicos que coabitavam numa pensão no bairro lisboeta dos Anjos, participou num grupo chamado Cabo Verde Show, mas que não é o que surge em França com Manu Lima e Renê Cabral”.
Conforme conta a mesma fonte, nessa pensão, Katchás passava horas a treinar com a guitarra, sozinho, e como havia bailes aos fim-de-semana, foi aí que tocou em público pela primeira vez.
Em 1972, para fugir ao exército, partiu para França, onde trabalhou na construção civil e participou com conterrâneos do efêmero Broda, com o qual animava bailes da comunidade cabo-verdiana e gravou um disco.
Regressou a Cabo Verde depois de 25 de Abril e em 1978 funda o Bulimundo, que surge em público em 1980. “Seis anos e seis discos depois, Katchás deixa o grupo.