O IPC aponta que o Museu do Campo de Concentração do Tarrafal destacou-se como principal polo de atração, com 9.102 entradas, seguido pelo Museu do Mar (3.582), pelo Núcleo Museológico Cesária Évora (2.981) e pelo Museu Etnográfico da Praia (2.765).
Os dados mostram que o Farol D. Maria Pia, na cidade da Praia, alcançou 1.636 visitantes em apenas três meses de funcionamento depois da sua reabilitação, "confirmando o seu potencial enquanto nova centralidade cultural e turística".
Em contrapartida, os museus da Tabanca e Norberto Tavares (este último em obras, com reabertura prevista ainda no corrente semestre) permanecem encerrados, não tendo contabilizado visitas.
Segundo a mesma fonte, este registo confirma a consolidação da procura e o crescimento sustentado da afluência às estruturas museológicas nacionais.
“A análise estatística evidencia a predominância de visitantes estrangeiros (70%), em contraste com os nacionais (30%), bem como a maior concentração de entradas nos meses de Abril (4.916), Março (4.547) e Fevereiro (3.790), revelando uma forte correlação entre a procura turística e a dinâmica cultural do país”, assinala.
Por outro lado, refere que a caracterização sociodemográfica dos visitantes reforça estas tendências, ao revelar que 42% eram mulheres, 37% homens, 17% estudantes e 4% crianças, perfil que traduz uma heterogeneidade significativa na fruição museológica.
O IPC salienta que 73% das entradas corresponderam a bilhetes pagos, assegurando contributo directo para a sustentabilidade financeira do sector.
Conforme o IPC, estes indicadores confirmam o impacto das estratégias de diversificação da oferta museológica, da introdução de equipamentos interativos e da articulação com os sectores do turismo e da educação, consolidando os museus como espaços de preservação patrimonial, investigação científica e valorização identitária.