A organização alega “irregularidades na inscrição”, justificação que não convence o presidente federativo, Nelson Martins, para quem “a equipa cabo-verdiana foi vítima de “atitudes desonestas” por parte da organização, com o intuito de prejudicar a equipa nacional que estava a ter uma “excelente prestação” na prova.
No comunicado de imprensa da Federação Cabo-verdiana de Andebol, Nelson Martins afirma mesmo que Cabo Verde tinha “grande chance de sucesso”, em detrimento da equipa anfitriã, a Mauritânia, que tinha ficado pelo caminho.
O líder federativo defende a sua tese em como a Federação Cabo-Verdiana de Andebol tinha enviado há cerca de um mês uma lista provisória dos atletas, mas que teve de ser alterada devida à falta da dispensa de alguns jogadores, dos quais três que representam o Sport Lisboa e Benfica (Portugal), para além de outros que se lesionaram e de outros que deixaram de ser opção técnica.
Nelson Martins explica que a lista definitiva foi envidada à organização cinco dias antes da partida da delegação cabo-verdiana, mas que na primeira reunião técnica em Nouakchott a organização tinha mesmo levantado este problema que, a seu ver, viria a ser solucionado após intervenção do cônsul de Cabo Verde na Mauritânia, Mohamed Bounena.
O presidente da federação nacional da modalidade afirma que a selecção de sub-17 competiu neste torneio devidamente autorizada pela Federação Internacional de Andebol (IHF), após carta enviada para a resolução deste diferendo, pelo que Martins reclama das razões do castigo aplicado à selecção, após três dias de provas e já qualificada para as meias-finais.
Para Nelson Martins, reina no seio da Federação e da comitiva crioula “um sentimento de injustiça” para com a selecção e com o país.
Cabo Verde também participa neste torneio do Challenge Trophy com a sua selecção de sub-19, também qualificada para às meias-finais.