Nascido em Portugal, este filho de pais cabo-verdianos, segundo uma publicação da Direcção-Geral dos Desportos, vive em Nice, no Sul da França, desde os três anos de idade, mas mantém forte ligação com as origens e os familiares que vivem em Chão-Bom, Tarrafal de Santiago.
Veterano no sky e no snowboard, este barman de profissão idealiza representar Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Inverno e tem o orgulho de se apresentar como cabo-verdiano de “coração” nas competições de sandboard, ele que se sagrou campeão do mundo este ano.
A proeza aconteceu em Junho, nas “incríveis dunas de Huacachina, Ica, Peru, onde decorreu o Campeonato do Mundo de sandboard”, com a particularidade de “quatro anos depois de iniciar-se no sandboard conseguiu na referida competição o título mundial da disciplina boardercross e foi vice em slalom, atrás apenas do alemão Luca Flachenecke”.
Praticante de sky desde os seis anos e snowboard desde os 11, Vítor, que já visitou Cabo Verde por seis vezes, promete “concretizar o sonho de representar Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Inverno”.
Para o campeão do mundo, Cabo Verde é um “paraíso” por descobrir para os amantes do Sandboard com “spots” como o vulcão do Fogo, que já desceu em 2015, ou as dunas do deserto de Viana na Boa Vista e sente que o país poderia aproveitar esse potencial e afirmar-se no circuito da modalidade.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 941 de 11 de Dezembro de 2019.