Esta informação foi avançada esta terça-feira, 11, em conferência de imprensa pelo professor de capoeira Djé Lima e pelo graduado Enio Martins.
Conforme os organizadores, trata-se de um evento que nasceu de um sonho de dois amigos, após mais de 20 anos da chegada da arte da capoeira a São Vicente, com a criação da Associação de Capoeira e Liberdade de Expressão.
“Inicialmente era uma vontade de fazer algo apenas em prol da capoeira, depois de 20 anos ele é um produto final do que é que nós acreditamos que a capoeira seja. Daí surgiu o conceito do África Mestê d´bô, que é um encontro internacional de capoeira em que fizemos uma escolha muito cuidadosa dos convidados”, explicou Enio Martins.
Conforme disse, o encontro terá como objectivo “fazer a reconexão com a ancestralidade” da capoeira, “ligado às ideias da África”, um continente que “dá muito à humanidade”.
Para isso, explicou, o evento vai contar com a presença de “mestres consagrados” de vários países, que foram escolhidos com base no impacto social do trabalho que vêm desenvolvendo na sociedade, para intercâmbio, compartilhar técnicas de capoeira, experiências transculturais e revitalizar as raízes da capoeira.
Neste sentido, terá a participação dos mestres René de Salvador da Bahia, Brasil, Ediando, de Barcelona, Espanha, Careca, de Portugal, Capacete, da Itália, Xexé, de Cabo Verde, com os contramestres Sapo, de São Tomé e Príncipe e Alfinete, da França.
Além desses, participaram ainda os professores Masamba, de Moçambique, Didy, da ilha do Sal, e ainda Gamal, que é activista cultural.
As actividades centrais deste encontro internacional de capoeira vão decorrer no Clube Náutico, mas haverá também outras nas localidades de São Pedro, Salamansa e Ribeira Bote e em diferentes escolas de São Vicente.