No entanto, o sonho de competir na final acabou por cair por terra quando a atleta foi desqualificada por a Federação Cabo-verdiana de Ginástica não ter revalidado a Licença da Atleta junto da Organização. “Um erro que custou à atleta uma frustração enorme”, conta a mãe de Dara.
“Nos dias 7 a 9 de Novembro de 2025, eu e uma colega participámos do torneio internacional “GUIMAGYM CUP 2025” onde nós as duas nos qualificámos para as finais por aparelhos. Eu, minutos após terminar as qualificações, deram-me a notícia de que eu estava desqualificada porque a Federação Cabo-Verdiana não renovou a minha licença como atleta da federação”, conta a atleta através de um post nas redes sociais.
E prossegue: “houve um pedido de desculpas sim, mas nada público, limitaram-se somente a parabenizar as atletas e a dizer que infelizmente não consegui avançar às finais mas que dei o meu melhor e enchi o coração dos Cabo-Verdianos de orgulho, a esconder o real motivo pela qual não participei e deixando também manchada a minha imagem”.
“É desmotivador, tanto pra mim quanto para o meu treinador que faz sacrifícios para conseguirmos um espaço qualquer para treinarmos nem que seja por pouco tempo”, lamenta a atleta. “Não é a primeira vez que represento Cabo Verde a nível internacional e consequentemente não é a primeira vez que passamos por este tipo de constrangimentos”, continua.
Federação pronuncia-se
“A Federação Cabo-verdiana de Ginástica vem explicar à comunidade gímnica de Cabo Verde, que a ginasta Dara Pinto não pôde participar nas finais do GuimaGYM 2025 devido a um lapso administrativo interno da nossa responsabilidade”, admite a federação num comunicado.
“Lamentamos profundamente esta situação. Sabemos o quanto a Dara, o seu treinador e toda a equipa envolvida se dedicaram a esta participação. O trabalho, a disciplina e o brilho que a atleta demonstrou em Guimarães enchem-nos de orgulho e mostram, uma vez mais, a força da ginástica cabo-verdiana”.
“Estamos a reforçar os nossos processos para garantir que nada semelhante volte a acontecer”, assegura a federação.
Atleta abandona a competição
Dara garante que desde miúda, “representar Cabo Verde e carregar a bandeira ao peito no desporto que amo” sempre foi o seu sonho. “Quem é atleta em Cabo Verde sabe das dificuldades, dos sacrifícios que fazemos para fazer aquilo que mais gostamos e tentar levar o nosso país ao mais alto nível desportivo”.
“Não temos mínimas condições de treino, mas nunca pensámos em desistir, mas sim cada dia pensamos que poderá haver evolução, reconhecimento e respeito pelos atletas aqui no nosso país”.
Agora, depois do que aconteceu “chegou a hora de arrepiar caminho, pois atitudes como esta levaram e ainda levam à desistência de inúmeros atletas”.
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