Adesão à greve dos trabalhores da Emprofac é de 100 por cento

PorAnónimo,2 jan 2013 23:00


A adesão à greve de 48 horas dos trabalhadores da Emprofac, que arrancou esta manhã, é de 100 por cento, afirmou Maria Conceição, representante dos trabalhadores. Uma greve que vai repercutir nas farmácias e nos hospitais do país. 

Os trabalhadores da farmacêutica cabo-verdiana reivindicam o pagamento do prémio de produtividade que vinha sendo atribuido há 14 anos e que de repente deixou de existir.

"Ficamos surpreendidos com esta medida que não foi feito em cima da hora, até porque já tínhamos endividado, à espera deste prémio", frisou Maria Conceição.

O Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e Pesca (SISCAP) reuniu ontem, com a direcção da empresa, sob mediação da Direcção-Geral do Trabalho, mas não houve entendimento.

"Tentamos uma reconciliação para não partir para a greve, mas não foi possível, acrescentou a representante dos trabalhadores.

Segundo Maria Conceição a mediação entre os trabalhadores e o Conselho da Administração da empresa deixou claro que o pagamento do prémio de produtividade depende exclusivamente do Governo.

"A nossa empresa é rentável e saudável, não vendemos batatas nem mandiocas, mas sim remédios, algo que tem muita rentabilidade e oferece um lucro favorável ao cofre do Estado" assegurou Conceição.

Mesmo tendo em conta o contexto de crise, a representante dos trabalhadores afirma que a classe está consciente da rentabilidade da empresa e do trabalho que desenvolvem na empresa.

"Lutamos e damos o nosso máximo, para na hora certa recebermos o prémio".

Os trabalhadores garantem que a luta não para por aqui e se o problema não for resolvido, vão entrar em greve por tempo indeterminado.

Por sua vez, a presidente do Conselho Administração da Emprofac, Tatiana Barbosa, afiançou que na Assembleia Geral realizada em Dezembro, os accionistas não deliberaram o prémio de produtividade e que o Conselho de Administração não tem competência de o fazer.

"Uma greve que tem suas consequências, pois trata-se de um sector muito sensível e ficar sem abastecer as farmácias e os hospitais é bastante complicado", salientou Tatiana Barbosa.

 

                                                                                                                  Elsa Vieira

 

 

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Autoria:Anónimo,2 jan 2013 23:00

Editado porRendy Santos  em  23 jul 2014 14:20

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