O proprietário da Ecobus, Fárgon Peckham, em entrevista à Rádio Morabeza, explica que a decisão resulta de um despacho em Março deste, do tempo da antiga gestão camarária, liderada por Francisco Tavares, e adoptada pelo actual edil, José Alves Fernandes, em proibir as carrinhas da empresa, que opera em horários fixos, de recolher passageiros dentro da Assomada. Uma posição apoiada pela Polícia Nacional.
“A Câmara decidiu tomar uma postura ilegal. A competência de regular o transporte interurbano é da Direcção-Geral dos Transportes Rodoviários. Francisco Tavares tomou a decisão unilateralmente”, entende.
Com o despacho da autarquia, as viaturas da Ecobus, que apanhavam passageiros de forma livre dentro da cidade de Assomada, foram obrigadas a enfrentar uma fila única, como todas as outras carrinhas do género. Uma medida que, segundo o proprietário, contraria a política da empresa que tinha transporte de meia em meia hora tanto da Praia como da Assomada.
A Ecobus começou a operar em Junho de 2015 e neste momento tem cinco carrinhas operacionais. Antes da medida, o proprietário garante que a empresa era rentável e em crescimento, mas que sem os passageiros que partem de Assomada “não é possível cobrir os custos”.
Contactada pela Rádio Morabeza, fonte da Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago considera que o que a Ecobus queria operar numa posição de privilégio. “Isso é absolutamente inadmissível", refere a fonte.
“Ninguém perseguiu a Ecobus, muito pelo contrário, durantes meses, a Ecobus esteve a operar sem a Câmara cobrar taxas", acrescenta.