Segundo Vitor Fidalgo, representante do TRG, empresa que promove o projecto, este foi um processo “complexo e longo” que se iniciou em 2013, com a aquisição do terreno e licenciamento da obra pela Câmara Municipal da Praia e que permitirá agora que o primeiro hotel de cinco estrelas na Cidade da Praia se torne uma realidade.
Sendo um “processo complexo” que envolve a Hilton Internacional, Victor Fidalgo, admite que há procedimentos incontornáveis que devem ser respeitados de acordo com as normas da cadeia Hilton Wordwide.
Entretanto, assegurou que ao longo deste ano o processo será concluído, para que o Hilton autorize o início das obras.
“O TRG está empenhado em trazer novas marcas internacionais e novos operadores, a fim de diversificar a oferta turística cabo-verdiana e aumentar os proveitos daí advenientes”, sublinhou.
Por sua vez, o ministro do Turismo e Transportes, José Gonçalves, disse que com esta assinatura está-se a fazer um “upgrade” para que a Cidade da Praia seja um “ponto de turismo, de conferência e de negócios”, pois apesar de ser a capital do país, tem tido alguns constrangimentos em relação a espaços e camas.
“Nós não conseguimos realizar negócios por falta de condições, falta de espaço para conferências e suficiente número de camas. (…) Acho que a presença da Hilton, com este nome, veio efectivamente trazer um valor acrescentado de alto nível e fazer com que, de facto esta cidade entra dentro daquilo que é a rota internacional das cidades capitais”, indicou.
Para além de acreditar que este empreendimento hoteleiro vai potencializar o turismo na capital, o ministro garante que vai traduzir em mais riquezas, mais posto de emprego, e oferecer serviço que não existe em termos de qualidade de hotel de cinco estrela na capital.
Em relação a demora neste processo, José Gonçalves disse que o Governo está a procurar uma forma de encurtar essa “excessiva burocracia” para “potenciar e facilitar” o caminho para haver mais investimentos.
O projecto hotel Hilton está orçado em 45 milhões de euros (cerca de 4.500.000.000 de escudos cabo-verdianos), deverá gerar perto de 150 empregos directos e vai representar um “aumento significativo” da capacidade de acolhimento turístico do país.
O projecto será constituído por 201 quartos, restaurantes, bares, zonas de lazer e entretenimento, piscinas gerais e privativas, SPA, health club, centro de convenção, salas de reuniões, assim como por outras unidades complementares necessárias ao funcionamento do empreendimento e ficará localizado no antigo espaço ocupado pela Escola de Negócios e Governação de Cabo Verde, na Achada Santo António.