"Cabo Verde distingue-se da região pela estabilidade política, económica e social, e pela organização e fortalecimento das instituições, o que é admirável e torna-o num país preferencial, também pela proximidade com Portugal", disse hoje João Rabaça, em declarações à Lusa à margem do seminário da Fundação AIP sobre 'Como Fazer Negócios' em Cabo Verde, que esta semana abarca todos os países lusófonos.
"O país tem também bastantes desafios em termos de desenvolvimento da saúde, educação e na diversificação da economia, para sair do turismo massificado, e também a melhoria da gestão das infraestruturas no acesso à água e energia, que ainda carecem de muita intervenção, e por isso a experiência de Portugal e do seu sector privado é uma mais-valia" que pode beneficiar o arquipélago e os empresários portugueses, disse o consultor.
Entre as principais oportunidades de investimento, João Rabaça salientou a "gestão de muitos sectores até agora públicos", elencando os sectores "aeroportuários, de navegação, água, energias" como podendo "representar uma oportunidade relevante para as empresas".
Outro aspecto interessante, concluiu o consultor, passa pela captação de investimento nas "indústrias criativas, a cultura, passar da morna para outros valores culturais e até ambientais, e que permite trazer outro tipo de actividades económicas".