De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o acordo assinado prevê um conjunto de “opções de compra e venda, com condições já acordadas, que cobrem os restantes 10% e são exercíveis num prazo de três a quatro anos”.
“Esta transacção representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de activos não estratégicos do Novo Banco, prosseguindo este a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico e ibérico”, lê-se na informação remetida ao mercado.
O montante do negócio não foi divulgado.
Em 25 de Maio, o Banco central de Cabo Verde aprovou o negócio.
A venda a esta sociedade já tinha sido acordada em Agosto do ano passado, mas ficou então suspensa, a aguardar várias autorizações e diligências.
O Banco de Cabo Verde informou, na altura, que avaliou o plano de negócios previsto pela IIBG Holdings para o Banco Internacional de Cabo Verde e outros aspectos, como a solidez do projecto (nomeadamente quanto a solidez financeira do adquirente e prevenção do uso da instituição para lavagem de capitais e financiamento do terrorismo), e declarou que “enquanto Autoridade de Supervisão do sistema financeiro nacional entende que o adquirente dá garantias de uma gestão sã e prudente da instituição a ser adquirida”.
O Banco Internacional de Cabo Verde, o antigo Banco Espírito Santo Cabo Verde, passou para o Novo Banco aquando da resolução do Banco Espírito Santo (BES), em Agosto de 2014.
A venda do BICV chegou a estar acordada ao empresário português José Veiga, mas foi chumbada pelo supervisor cabo-verdiano, depois de o Banco de Portugal também se ter oposto à operação.