Construído em 1996, o navio pertence à companhia Aida Cruises, tem 193 metros de comprimento e capacidade para transportar 1.186 passageiros.
De acordo com a Enapor – Portos de Cabo Verde, a empresa já recebeu algumas previsões de escalas das agências de turismo para os diferentes Portos de Cabo Verde, entre eles Vale dos Cavaleiros (Fogo), Furna (Brava), Porto Inglês (Maio), Sal-Rei (Boa Vista) e Porto Novo (Santo Antão).
Assim, para a ilha de São Vicente, através de duas agências, que já solicitaram o porto para a atracação de navios, as previsões apontam para 32 escalas de Outubro do corrente ano a Abril de 2019.
Em relação ao Porto da Praia, segundo a representante da Comunidade Cabo-verdiana de Cruzeiros, também designada abreviadamente por 3C, Conceição Monteiro, os dados, igualmente provisórios, apontam para 19 escalas até Abril de 2019.
Seguem-se as ilhas do Fogo, com cinco escalas, Maio e Santo Antão, com três escalas cada, e Brava e Boa Vista com duas escalas.
“São previsões, há outras agências no mercado, que ainda não fizeram chegar as respectivas solicitações, daí esses números poderem sofrer alterações”, apontou a fonte da Enapor – Portos de Cabo Verde.
No entanto, em relação à ilha de Santiago, a representante da 3C, Conceição Monteiro, aponta que o número de escalas este ano no Porto da Praia é “inferior” em relação à época transacta. Tal, segundo a mesma fonte, pode estar “eventualmente” relacionado com a reabertura de mercados do turismo de cruzeiros, com a Tunísia e outros países que se estabilizaram.
No entanto, Conceição Monteiro destacou a presença recente da Comunidade Cabo-verdiana de Cruzeiros na 12ª Edição do Seatrade Cruise Med, em Portugal, integrando uma delegação nacional, oportunidade para “conversar com os operadores do sector a nível mundial”.
O Seatrade Cruise Med, que recebeu 2.500 participantes, de 65 países, entre profissionais, armadores, representantes de autoridades portuárias e expositores, é o principal evento comercial da indústria de cruzeiros para a região do Mediterrâneo e mares adjacentes, e uma plataforma comercial que promove discussões abertas sobre o futuro dos cruzeiros na região.
“A novidade é que vai entrar uma outra companhia que vai trazer barcos pela primeira vez a Cabo Verde”, precisou Conceição Monteiro.
Números avançados pela Enapor indicam que, actualmente, só em São Vicente, os navios de cruzeiros “deixam mais de 4 milhões de euros/ano”, e que os turistas gastam entre 30 a 40 euros por pessoa, e com uma margem de progressão “muito favorável” por se tratar de um negócio que “cresce todos os anos” a nível mundial.