Segundo a coordenadora nacional do Programa de Economia Azul, Iolanda Brites, esses sete projectos apresentados pelas câmaras municipais, pelos sectores público e privado, estão de acordo com o conceito e os princípios da economia azul, que se quer implementar em Cabo Verde.
“Chamamos de PNIAE I que engloba esses sete projectos que cumpriram com os critérios estabelecidos. Todos os projectos foram tidos em conta, mas esse grupo vai ser tipo projectos piloto”, explicou a responsável no final de um workshop realizado esta terça-feira, na Cidade da Praia.
Os projectos, conforme indicou, deverão ter em conta três componentes: social, económica e ambiental. Cumprindo os requisitos e tendo orçamento, os mesmos estarão prontos para serem submetidos ao financiamento.
Iolanda Brites adiantou que o objectivo do Governo é sair do modelo tradicional, em que cada um faz o seu projecto, para passar para um modelo mais articulado, interligado e participativo.
“É por isso que no quadro desse programa temos um comité de pilotagem, integrado pelos vários sectores para que possa haver uma sintonia em torno desse conceito de economia azul”, disse.
O processo de transição para economia azul em Cabo Verde conta com o financiamento do Banco Africano do Desenvolvimento (BAD) e com a assistência técnica da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
O que se pretende é um processo de transição para economia azul através da identificação de projectos e investimentos alinhados com os princípios da economia azul em que prevalece a conservação dos ecossistemas aquáticos e marinhos, da utilização e gestão sustentáveis dos recursos oceânicos e da inclusão social.
Iolanda Brites lembrou que o executivo aprovou, no decurso desse ano, o quadro estratégico unificado para economia azul, que estabelece as orientações para o desenvolvimento PNIEA e o Programa Plurianual de Apoio ao Processo de Transição (PROMEA) como instrumentos para facilitar a transição do país para um modelo de crescimento sustentável ancorado nos princípios acima referidos.
O workshop de finalização do plano promovido pelo Governo e pela FAO, que contou com representantes das câmaras municipais, dos ministérios do turismo e da industria e energia e dos sectores privado, recomendou a harmonização das fichas dos projectos que vão ser integrados no plano para que a implementação do PNIEA I possa ter sucesso.