"Esta decisão histórica marca uma etapa significativa na realização de um projetco comum: construir colectivamente o crescimento dos países da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) e fazer desta região o epicentro de uma prosperidade que beneficiará as actuais e futuras gerações", considerou num comunicado o governador do BCEAO, Tiémoko Meyliet Konsé.
No passado sábado em Abidjan, na presença do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, o Presidente da Costa do Marfim, Alasanne Ouattara, divulgou as grandes linhas do acordo concluído entre os oito países da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA -- Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo).
A reforma prevê uma alteração do nome da moeda -- o franco CFA dará lugar ao Eco, previsivelmente no próximo ano -, o fim do depósito de reservas do BCEAO no Banco de França e o abandono da nomeação por Paris de representantes nas instâncias do BCEAO e da UEMOA.
Em contrapartida, a paridade fixa do futuro eco em relação ao euro será mantida -- ainda que criticada por vários economistas africanos - e Paris manterá o seu papel de garante financeiro.
As medidas constituem "um grande avanço no sentido da integração económica e monetária dos oito países membros da UEMOA, constituindo as bases da respetiva adesão ao eco, projeto de moeda única da CEDEAO", de acordo com o comunicado do BCEAO, cuja sede se encontra em DaKar, capital do Senegal.