"Congelamento de recrutamento, gestão de férias, cessação de compras fora das necessidades operacionais correntes...". A Royal Air Maroc está a tomar medidas para mitigar as consequências do coronavírus "no fluxo de caixa e nos resultados", disse, em entrevista ao jornal marroquino L'Économiste, Abdelhamid Addou, CEO da companhia aérea marroquina, que anunciou a 11 de Março a implementação de um plano de austeridade.
Registando um "colapso" na procura de mais de 30% entre 1 de Março e 31 de Maio, a Royal Air Maroc teve de reduzir a sua capacidade, imobilizando mais de um terço da sua frota (cerca de sessenta aviões), divulgou hoje a revista Jeune Afrique na sua edição online.
A empresa, que deveria celebrar sua entrada na aliança Oneworld este mês, teve que suspender a ligação Casablanca-Pequim a 31 de Janeiro, apenas duas semanas após o lançamento. A 10 de Março suspendeu as suas cinco rotas para a Itália.
Enquanto 60% do tráfego da RAM em Casablanca é contínuo com a África Subsaariana, a empresa é afectada negativamente em todo o seu tráfego. "Mas há também um impacto considerável desde a suspensão (a partir de 27 de Fevereiro) do Umrah (a pequena peregrinação a Meca), bem como uma forte queda na demanda na Arábia Saudita. Mesmo naqueles países onde os voos não pararam, os horários dos voos também são fortemente prejudicados. De facto, após um forte crescimento das vendas desde Janeiro (+22%), a tendência inverteu-se subitamente a partir de 24 de Fevereiro", disse Abdelhamid Addou ao diário de negócios marroquino.