Entre os objectivos do documento está o trabalho e a dedicação em fomentar a inclusão de um turismo sustentável na agenda das cidades enquanto potenciador de emprego e criação de riqueza, inclusão social e preservação cultural.
Os responsáveis presentes no Porto comprometem-se em assegurar que as políticas urbanas de turismo estão alinhadas com a Nova Agenda Urbana e a Agenda 2030, mais precisamente com a meta de tornar as cidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.
Com esta Declaração do Porto, os autarcas pretendem estabelecer modelos de governação que assegurem uma integração e alinhamento plenos do turismo com a política urbana para um desenvolvimento sustentável inclusivo, comprometido com o princípio de não deixar ninguém e nenhum lugar para trás ao mesmo tempo que previne o crescimento de desigualdades espaciais.
O documento prevê, entre outros pontos, o fomento da colaboração e das parcerias estratégicas entre o sector público e privado, assim como com os actores locais. Os presidentes de câmara não quiseram sair do Porto sem o compromisso de construir pontes entre as cidades e as áreas mais rurais, fomentar um uso mais eficiente dos recursos e uma redução das emissões. A sustentabilidade deverá passar, também, pelo investimento num transporte sustentável que melhore a mobilidade, a conectividade e a igualdade social.
A questão ambiental também foi considerada na Declaração do Porto, no que refere ao esforço para acelerar a dupla transformação das cidades: mais verdes e mais digitais, tornando-se mais resilientes para enfrentar futuras crises. A cidade inteligente do futuro, afirmam, deve assentar na governação, inovação, tecnologia, acessibilidade e sustentabilidade.
Com todos estes objectivos em mente, e em colaboração com a Organização Mundial de Turismo, os signatários propõem a criação de uma Liga das Cidades para o Turismo Urbano Sustentável.
A Declaração do Porto sobre o Turismo e o Futuro das Cidades tem a assinatura dos representantes do Porto, Atenas, Braga, Bruxelas, Bruges, Budapeste, Dubrovnik, Florença, Ouagadougou, Podgorica, Praga, Roma, Samarkand, São Vicente, Skiathos, Tirana e Veneza, assim como do ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital português, Pedro Siza Vieira, da UN-Habitat, do Comité das Regiões Europeu, da Unión Ciudades Capitales Iberoamericanas e ainda dos privados Expedia, CLIA Europe, Must Travel & Tech e Airbnb.