Preços da oferta turística aumenta 0,6 % no quarto trimestre de 2021

PorExpresso das Ilhas,19 jan 2022 10:42

​A taxa de variação homóloga registada pelo Índice de Preços Turístico (IPT) foi de 0,6%, no quarto trimestre de 2021, resultado superior em 9,2 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgados hoje.

A variação trimestral observada no quarto trimestre de 2021, segundo o INE foi de 3,3%, superior em 6,6 p.p. ao valor registado no trimestre anterior que apresentou uma variação de -3,3%, reflexo do padrão de sazonalidade deste indicador.

O INE indica que no quarto trimestre de 2020 esta variação tinha sido negativa e relativamente intensa (-6,2%), situando-se 9,5 p.p. acima da actual. Em 2021, o nível médio dos preços situou-se 0,9% abaixo de 2020.

A classe dos Hotéis, Cafés e Restaurantes apresentou uma variação homóloga de 0,6%, 9,2 p.p. acima da que se verificou no trimestre anterior. A esta variação correspondeu uma contribuição de 2,0 p.p. para a variação do IPT Total.

Note-se que a componente do Alojamento, correspondendo a 63,05% da despesa turística com especial destaque para os Hotéis, cujo peso representa 59,07% da despesa turística total, registou uma contribuição positiva (2,63 p.p.) de sinal contrário à do trimestre anterior.

A Restauração, cujo peso representa cerca de 35,7% da despesa turística, apresentou uma contribuição negativa (-0,7 p.p.) de mesmo sinal (-1,37 p.p.) à do trimestre anterior (Gráfico 2).

Note-se ainda que o movimento dos preços das dormidas em Hotéis (com uma contribuição de 2,63 p.p.), das Residenciais (estes com uma maior contribuição positiva de (0,02 p.p.) e das Pousadas (com uma contribuição de 0,001 p.p.), foram completamente determinantes para este comportamento do IPT total. Uma componente do IPT apresentou uma contribuição de mesmo sentido à das restantes: Café bares e similares (0,3 p.p.).

Conforme o INE, quatro componentes do IPT apresentaram contribuições negativas: Restaurantes (-0,72 p.p.), Pensões (-0,04 p.p.), Aldeamentos Turísticos (-0,18 p.p.) e Hotéis Apartamentos (0,02). O nível médio dos preços das restantes componentes manteve-se praticamente constante em relação ao trimestre homólogo.

A taxa de variação no trimestre em análise foi de 3,3%, superior em 6,6 p.p. à registada no trimestre anterior em que se situará em -3,3%. No mesmo trimestre do ano anterior verificou-se uma variação em cadeia negativa (-6,2%), inferior em 5,0 p.p. à do quarto trimestre de 2020.

“Estes resultados são a consequência de movimentos sazonais de natureza mensal, com particular incidência na componente de Alojamento. Concretamente, a variação deste trimestre face ao anterior revela um aumento dos preços dos Serviços de Alojamento”, explica o INE.

Nos serviços prestados por Hotéis verificou-se um aumento dos preços (5,2%) e Pensões (0,2%). Nos serviços prestados pelos Hotéis-Apartamento, Aldeamentos Turísticos e Residenciais verificaram-se diminuições dos preços (respectivamente -7,2% -3,7% e -0,2%).

Os Restaurantes (0,8%) e Café Bares e Similares (0,5%) apresentaram aumento de preços. Nos restantes serviços turísticos registaram-se variações nulas face ao trimestre anterior.

O INE explica que no ano de 2021, os preços dos serviços turísticos apresentaram uma taxa de variação de -0,9% face ao ano anterior que corresponde a uma diminuição do nível médio dos preços face a 2020. “Com efeito, desde o início da série que esta é a terceira maior diminuição observada nos preços dos serviços turísticos”.

E que se registaram quebras de preços médios anuais em todas as ilhas, excepto a ilha de Santiago em que a variação anual foi nula.

Já a ilha do Sal, foi a que apresentou a quebra de preços mais intensa (-1,2%). O movimento do IPT total é determinado pela classe dos Hotéis, restaurantes, cafés, bares e similares que registraram uma variação de preços médios de -0,9% face ao ano anterior.

O INE informa que o IPT é um índice que vem sendo implementado pelo INE de forma faseada. No primeiro trimestre de 2016 alargou-se a sua cobertura com a inclusão dos Restaurantes, cafés e bares e dos Serviços de entretenimento e cultura.

Em resultado deste alargamento de âmbito as três classes de produtos da Classificação do Consumo Individual por Objetivo (CCIO) agora consideradas cobrem cerca de 90% do Total da Despesa Turística. 

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Autoria:Expresso das Ilhas,19 jan 2022 10:42

Editado porA Redacção  em  20 jan 2022 11:23

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