De acordo com o relatório trimestral de estatísticas do Comércio Externo, do Instituto Nacional de Estatística (INE), este desempenho foi agravado pelo aumento nas importações, que cresceram 31,2% de Abril a Junho deste ano, para 24.393 milhões de escudos, face a 2021.
Já as exportações caíram 1,4% no segundo trimestre, em termos homólogos, para 1.275 milhões de escudos, enquanto as reexportações cresceram 76,4%, para 8.361 milhões de escudos.
Com este desempenho, a balança comercial de Cabo Verde voltou a ser negativa no segundo trimestre, em 23.117 milhões de escudos, contra o défice de 17.305 milhões de escudos no mesmo período de 2021.
Tendo em conta que a balança comercial de Cabo Verde já tinha sido negativa de Janeiro a Março, em 18.992 milhões de escudos, o resultado do primeiro semestre é negativo em 42.109 milhões de escudos, um aumento de 28,7% face ao mesmo período de 2021, que foi então de 32.730 milhões de escudos.
Segundo o INE, no segundo trimestre de 2022 a Europa manteve-se como "o principal cliente de Cabo Verde", absorvendo 94,2% do total das exportações cabo-verdianas e com Espanha a liderar a lista dos principais clientes do arquipélago, com uma quota de 49,9% do total.
Os produtos mais exportados por Cabo Verde no segundo trimestre foram os preparados e conservas de peixes (70,9% do total das vendas), o vestuário (12,7%) e o calçado (6,3%).
O continente europeu continua também a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com um peso de 62,3% do total.
A balança comercial de Cabo Verde foi deficitária em todo o ano de 2021, em 642,8 milhões de euros, aumentando 10,5% e anulando a recuperação no ano anterior, de acordo com dados divulgados anteriormente pelo INE.
Em 2021, as exportações aumentaram 1,3% face a 2020, para 5.169 milhões de escudos, e as importações cresceram 9,9%, para 76.563 milhões de escudos.
Já as reexportações aumentaram 26,6% face a 2020, para 18.948 milhões de escudos.